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Marconi mentiu sobre casa. Palavra de delegado

Venda da casa que pertenceu a Marconi chama a atenção pelas versões desencontradas e que colocam em xeque a palavra do governador de Goiás. Vale lembrar que Demóstenes Torres também mentiu e isso pode lhe custar o mandato no Senado

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Goiás 247 - Um dos fatos a chamar mais a atenção quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada, em 29 de fevereiro, foi o local onde o chefe da máfia dos jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso. A casa, em um condomínio de luxo de Goiânia, havia pertencido ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), até início de 2011. A partir daí, a história da venda da casa chama a atenção pelas versões desencontradas e que colocam em xeque a palavra do governador de Goiás.

Pressionado pela imprensa sobre Cachoeira ter sido preso na casa que pertencera a ele, o governador informou que havia vendido a casa ao empresário Walter Paulo, proprietário da Faculdade Padrão. Walter Paulo, que tentou sem sucesso ser vereador em Goiânia na eleição de 2008, confirmou a versão do governador.

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Na época, início do mês de março, Walter Paulo afirmou ao jornal O Popular que havia comprado a casa para uma de suas filhas, mas não tinha tomado posse da propriedade. A casa estaria emprestada ao ex-vereador Wladimir Garcês, aliado de Perillo, que teria intermediado a venda ao empresário.

Posteriormente, o Brasil 247 teve acesso a cópia da transferência do imóvel (leia aqui). Para surpresa, a casa não estava em nome de Walter Paulo ou de alguma empresa de propriedade dele. Marconi havia transferido a escritura do imóvel a empresa Mestra – Administração e Participações Ltda. A Mestra pertence a Ecio Antonio Ribeiro e não tem nenhum vínculo formal com o dono da Padrão.

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Em depoimento a CPMI do Congresso, o delegado da Polícia Federal responsável pela Operação Monte Carlo, Matheus Mela Rodrigues, trouxe informações novas sobre a negociação da casa que pertenceu ao governador Marconi Perillo e que jogam por terra as versões do governador e do empresário.

Rodrigues afirmou que o inquérito da Polícia Federal aponta que a casa foi paga com três cheques assinados por Leonardo de Almeida Ramos, sobrinho de Carlinhos Cachoeira. Leonardo, por sinal, teria sido nomeado para cargo no governo – o que só comprova ainda mais a influência de Cachoeira na gestão de Perillo.

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Leonardo de Almeida Ramos, de acordo com a PF, emitiu três cheques – um no valor de R$ 600 mil e outros dois de R$ 400 mil, totalizando o pagamento de R$ 1,4 milhão pelo imóvel de alto padrão. De acordo com o delegado da Polícia Federal, é necessário quebrar o sigilo bancário dos envolvidos para certificar de que o dinheiro foi entregue a Perillo.

Com o depoimento do delegado Matheus Rodrigues e a apuração feita pela Polícia Federal fica comprovado que foi Cachoeira, e não Walter Paulo, quem comprou a casa do governador. Porém, já haviam indícios nesse sentido.

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Gravações

Em escutas feitas pela Polícia Federal, Carlinhos Cachoeira chega a falar com a atual mulher, Andressa, da necessidade de encontrar alguém para passar a escritura da casa, um laranja. Na conversa, Andressa demonstra contrariedade por querer que a residência fique em seu nome.

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Em outra conversa grampeada pela Polícia Federal e mostrada pela revista Época, Carlinhos Cachoeira demonstra preocupação com Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, pelo vazamento da informação de que ele (Cachoeira) teria comprado a casa que pertenceu a Marconi. No diálogo, Cláudio refuta o vazamento da informação e afirma que Rossine Guimarães, empresário também ligado ao contraventor, é que teria falado sobre a venda do imóvel.

São grandes as evidencias de que a empresa Mestra – Administração e Participações Ltda tenha servido de laranja para Carlinhos Cachoeira registrar o imóvel que adquiriu junto ao governador Marconi Perillo. A Mestra é uma microempresa com capital de R$ 20 mil, incompatível com a aquisição de um imóvel no valor de R$ 1,4 milhão.

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Ao jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria do governador Marconi Perillo informou ontem que o governador não observou, na época, quem foi o emitente dos cheques. Ainda de acordo com a assessoria de Perillo, a informação sobre o comprador da casa ser o empresário Walter Paulo é creditada a Wladimir Garcêz, autor da negociação.

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