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Marconi ousa com medidas de austeridade em meio à crise nacional

Mesmo com Goiás estando com os salários do funcionalismo público em dia e as contas equilibradas, o governador Marconi Perillo (PSDB) não pensou duas vezes em lançar um novo Programa de Austeridade; pacote fiscal foi apresentado um dia após o próprio Marconi costurar junto ao governo federal o acordo entre estados e União para liberação dos recursos da repatriação e captação de novas operações de crédito; "Esse novo pacote é pensando no futuro e tem caráter estruturante. Estamos pensado na saúde financeira do Estado a longo prazo. Não dá para esperar e ver a coisa desmoronar. As medidas duras precisam ser aplicadas sob pena de entrarmos em colapso, como está acontecendo com outros estados", disse Perillo ao 247

marconi perillo (Foto: José Barbacena)
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Goiás 247 - Mesmo com Goiás estando com os salários do funcionalismo público em dia e as contas equilibradas, o governador Marconi Perillo (PSDB) não pensou duas vezes em lançar um novo Programa de Austeridade. O pacote fiscal foi apresentado um dia após o próprio Marconi costurar junto ao governo federal o acordo entre estados e União para liberação dos recursos da repatriação e captação de novas operações de crédito.

O governador disse ao 247 que Goiás vive situação diferente da maioria dos estados porque começou o ajuste em 2014 e agora era preciso um novo passo. "Esse novo pacote é pensando no futuro e tem caráter estruturante. Estamos pensado na saúde financeira do Estado a longo prazo. Não dá para esperar e ver a coisa desmoronar. As medidas duras precisam ser aplicadas sob pena de entrarmos em colapso, como está acontecendo com outros estados".

Segundo ele, as medidas de impacto criam um “limite de alerta”, abaixo do “limite prudencial” de gastos, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Também há medidas para reduzir o déficit previdenciário – hoje de R$ 150 milhões ao mês – uma delas é aumentar um ponto percentual na contribuição previdenciária, de 13,25% para 14,25%. “Se não tomarmos medidas agora, esse déficit que hoje é de R$ 150 milhões vai chegar a 200, 250, 500 milhões e aí o governo não vai mais ter condições de bancar os aposentados”, disse, acrescentando que pessoas que trabalharam uma vida toda ficariam sem receber.

As medidas, enfatizou, reduzem cargos comissionados, gratificações e despesas com diárias. “Mais uma vez, o governo corta na própria carne para garantir o equilíbrio financeiro e fiscal do Estado”. O mais importante, segundo o governador, é que não se está trabalhando para resolver uma questão conjuntural, mas para estruturar financeiramente o Estado, de modo que Goiás não tenha problemas no futuro. Em que pese a crise econômica nacional, argumentou, Goiás não atrasou a folha de pessoal e mantém os compromissos financeiros em dia.

Marconi explicou ainda que a base do Plano de Austeridade Fiscal dos Estados, apresentado ao presidente Michel Temer e à equipe econômica do governo federal, vem da proposta de Goiás, cujas medidas despertaram a atenção do presidente da República e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “O fato é que Goiás, dentro desse acordo, é o primeiro a apresentar essas medidas concretamente”, enfatizou. Marconi disse também ter sido entrevistado ontem pelos principais veículos de comunicação do Brasil, em função de ter sido Goiás o primeiro estado a apresentar concretamente um Plano de Austeridade pelo Crescimento. “Todas as pessoas sensatas nesse País querem que o governo federal os governos estaduais e municipais adotem um conjunto de medidas necessárias, coerentes, justas, para que os estados possam trabalhar visando o conjunto da população que vive nos Estados e não para alguns, e que os estados interrompam essa possibilidade de colapso geral”. Para Marconi, não há mais dúvida de que, com um déficit de R$ 170 bilhões, “o Brasil está falido”.

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