TV 247 logo
      HOME > Geral

      Marconi pede a reativação da Hidrovia Tietê-Paraná

      Durante encontro com o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, em Brasília, o governador tucano de Goiás defendeu que governo federal faça a mediação de conflitos entre estados de forma a garantir reabertura do trecho de navegação; em maio, a Hidrovia Tietê-Paraná completou um ano de paralisação devido à vazão insuficiente para abastecer usinas hidrelétricas localizadas no Estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, permitir o tráfego de barcaças que transportam mercadorias; prejuízos para a logística de transporte da região Centro-Oeste, de forma mais aguda, já são considerados grandes; solução do problema passa necessariamente pelo recuo de São Paulo, que por necessidade de geração de energia, determinou o fechamento da hidrovia na altura do município paulista de Pereira Barreto 

      Brasilia-Governador Marconi Reune com Ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante Oliva e Representantes dos Estados do MS,MT,SP Fotos Eduardo Ferreira (Foto: Realle Palazzo-Martini)
      Realle Palazzo-Martini avatar
      Conteúdo postado por:

      247 — O governador Marconi Perillo solicitou na quarta-feira (8) ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercandante, que o governo federal assuma a mediação das discussões entre os Estados de forma a garantir a reabertura da Hidrovia Tietê-Paraná. Em maio passado, a Hidrovia Tietê/Paraná completou um ano de paralisação. A vazão insuficiente para abastecer usinas hidrelétricas localizadas no Estado de São Paulo e ao mesmo tempo permitir o tráfego de barcaças que transportam mercadorias é a principal causa para a interrupção da hidrovia.

      Depois de ter discutido o assunto no âmbito do Ministério dos Transportes, o governador Marconi Perillo procurou Mercadante, a quem solicitou mediação no debate que vem sendo travado com os técnicos do Estado de São Paulo para a reativação da hidrovia. O encontro definiu que uma próxima reunião na semana que vem tende a selar um acordo para que o problema seja solucionado, atendendo os interesses de todos os estados envolvidos. O secretário de Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente, Vilmar Rocha acompanhou o governador no encontro.

      "Esta próxima reunião poderá encontrar uma solução já que as empresas têm vários estudos que dão segurança para uma desfecho que seja bom para todos, ou seja, para a hidrovia e para a geração de energia", disse o governador após o encontro. "A questão é que estamos diante da possibilidade de termos fechado o canal de Pereira Barreto e com isso interrompida definitivamente a hidrovia Paranaíba/Tietê/Paraná”, afirmou Marconi.

      Os prejuízos para a logística de transporte da região Centro-Oeste, de forma mais aguda, já são considerados grandes. O Porto de São Simão, no extremo sudoeste de Goiás, transformou-se em estacionamento abandonado de barcaças. Sem a opção do transporte hidroviário, as empresas que operam no local tiveram que demitir, gerando o desemprego de mais de mil trabalhadores nos últimos meses.

      A crise vem sendo acompanhada de perto pelo Governo de Goiás que, desde o ano passado, tem mantido contatos com diversos órgãos do Governo Federal na busca de uma solução para o problema.

      A solução do problema passa necessariamente pelo recuo de São Paulo em determinar o fechamento da hidrovia na altura do município paulista de Pereira Barreto, privilegiando a geração de energia. O conflito gerou uma reunião na tarde desta quarta-feira entre o governador Marconi Perillo, o ministro Mercadante e técnicos de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no quarto andar do Palácio do Planalto.

      Na avaliação de Marconi, a paralisação da hidrovia causará o encarecimento dos produtos que são comercializados através do modal. “É preciso ponderar que do ponto de vista ambiental, da economia, da competitividade e da preservação das estradas, é muito melhor que tenhamos o funcionamento de uma hidrovia como esta”.

      A hidrovia Tietê-Paraná tem 30 anos de funcionamento. A sua continuidade, segundo o governador, é uma questão mais técnica do que política. “O que está em jogo é vazão para se gerar energia versus vazão para o transporte de mercadorias. Se existe um nível abaixo do estabelecido em termos de cota máxima de água no canal, as barcaças não vão andar. Esta, portanto, é uma decisão muito mais técnica do que política, embora é preciso que se tenha sensibilidade política também”, disse.

      A hidrovia Tietê-Paraná tem 2,4 mil quilômetros de extensão e é uma importante rota para o escoamento de grãos e celulose dos estados de São Paulo, Mato Grosso Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais. De acordo com o Departamento Hidroviário, o prejuízo com a paralisação já soma R$ 700 milhões.

      As empresas que precisam escoar a produção estão tendo que se adaptar a essa realidade. Um único comboio de barcaças leva seis mil toneladas de grãos. Para transportar a mesma quantidade são necessárias 200 carretas e o custo com frete e combustível aumentou em 40%.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: