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Marin: Seleção virou alvo de pressão sobre árbitros após pênalti em Fred

"O que houve foi uma pressão com objetivo de inibir os árbitros que iam a partir daquele momento apitar jogos do Brasil", disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à Reuters; "Foi uma tentativa de intimidar os árbitros dos próximos jogos", acrescentou

"O que houve foi uma pressão com objetivo de inibir os árbitros que iam a partir daquele momento apitar jogos do Brasil", disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à Reuters; "Foi uma tentativa de intimidar os árbitros dos próximos jogos", acrescentou (Foto: Gisele Federicce)

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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Após o polêmico pênalti em cima do atacante Fred no jogo de abertura da Copa do Mundo, o Brasil se tornou alvo de uma pressão internacional visando intimidar árbitros que apitam jogos da seleção na Copa do Mundo, disse à Reuters nesta quarta-feira o presidente da CBF, José Maria Marin.

Segundo o dirigente, a pressão sobre a arbitragem partiu de técnicos, jogadores, ex-atletas e ex-treinadores de seleções adversárias depois do pênalti marcado pelo juiz japonês Yiuchi Nishumura a favor do Brasil na vitória de 3 x 1 sobre a Croácia, na semana passada.

"O que houve foi uma pressão com objetivo de inibir os árbitros que iam a partir daquele momento apitar jogos do Brasil", disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à Reuters. "Foi uma tentativa de intimidar os árbitros dos próximos jogos", acrescentou.

A polêmica começou depois que o árbitro japonês marcou pênalti duvidoso a favor do Brasil quando o time enfrentava dificuldades contra os croatas no jogo inaugural da Copa do Mundo. A partida estava empatada em 1 x 1 quando Fred desabou dentro da área ao ser marcado por Lovren, originando a penalidade.

Jogadores e a comissão técnica da Croácia atribuíram à derrota ao juiz e insinuaram que os árbitros estariam dispostos a favorecer o time da casa no Mundial.

"Houve uma colocação de que o Brasil teria sido beneficiado e surgiu um objetivo de inibir os futuros árbitros de jogos do Brasil", disse Marin em entrevista no Maracanã.

No empate em 0 x 0 entre Brasil e México, na terça-feira, em Fortaleza, os brasileiros reclamaram de um pênalti não marcado em cima do lateral-esquerdo Marcelo. O técnico Luiz Felipe Scolari deixou a entrevista coletiva após o jogo questionando: "Agora não tem mais pênalti para o Brasil?"

O presidente da CBF, que também preside o Comitê Organizador Local (COL) do Mundial, reforçou o coro reclamando do pênalti não marcado em Marcelo, e disse que o árbitro acertou ao marcar a penalidade em cima de Fred.

"Os dois foram pênalti. Até a Fifa disse que foi pênalti no Fred", afirmou, referindo-se à declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, dizendo que concordou com a marcação do pênalti a favor do Brasil.

Apesar da polêmica, Marin garantiu que o Brasil não está preocupado com a pressão sobre a arbitragem daqui para frente.

"O Brasil vai se preocupar em jogar. Vamos jogar e querer ganhar a Copa dentro das regras. O Brasil nunca precisou ou esperou ajuda de árbitro. Confia na sua seleção e seus talentos", disse.

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