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      Maringoni: a São Paulo de Doria está um lixo

      "A frase não é minha, mas de João Doria Jr. Foi proferida em 4 de dezembro passado, mas poderia ser repetida hoje. À época representava um certo exagero, pelo menos no que é visível para a classe média. Para as periferias, o quadro era, como sempre, muito problemático. Mas agora, o abandono do que se chama zeladoria pelo alcaide que estreou fantasiado de gari atingiu píncaros espantosos até nas regiões centrais", diz o professor Gilberto Maringoni; "Doria é uma fraude. A promessa de voos mais altos não aguenta mais seis meses de vandalismo administrativo, insensibilidade social e inépcia política. Pensando bem, não é São Paulo que é um lixo. É seu gestor"

       Prefeito João Doria  (Foto: Leonardo Attuch)
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      Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum

      A frase não é minha, mas de João Doria Jr. Foi proferida em 4 de dezembro passado, mas poderia ser repetida hoje. À época representava um certo exagero, pelo menos no que é visível para a classe média. Para as periferias, o quadro era, como sempre, muito problemático.

      Mas agora, o abandono do que se chama zeladoria pelo alcaide que estreou fantasiado de gari atingiu píncaros espantosos até nas regiões centrais.

      Buracos em profusão nas ruas, mato crescendo em parques e praças, lâmpadas queimadas, semáforos inativos, lixo pelas ruas e muito mais derrubam ainda mais a imagem de quem ficará marcado como autor de um esboço de pogrom na Cracolândia.

      Doria nunca foi gestor de nada. Propagou a ideia em campanha para difundir o senso comum de que o setor público precisaria de uma hipotética eficiência privada. Bobagem. O setor privado vive da apropriação privada do lucro de forma desigual. O público deveria se basear na apropriação social do excedente, na forma de serviços e da manutenção e melhorias dos espaços comuns a todos.

      O prefeito nunca administrou uma fábrica, nunca supervisionou a feitura de um parafuso sequer. Dirigiu, isso sim, empresas de marketing e de lobbies, mantidas em boa parte através de contratos firmados com o Estado (não apenas aqueles geridos pelo tucanato, mas também por administrações petistas).

      O caos urbano se acentua pari-passu aos projetos de privatização de áreas verdes, estádios e outros equipamentos, à destruição das ciclovias, ao aumento da velocidade nas marginais e à cruel política de higienismo social num país que adentra o terceiro ano de depressão contínua.

      João Doria Jr. ainda é levado a sério por conta de uma mídia sabuja e comprometida até o talo com seu vezo privatizante e por setores das oligarquias que veem no almofadinha uma de suas últimas chances no jogo institucional para 2018.

      Doria é uma fraude. A promessa de voos mais altos não aguenta mais seis meses de vandalismo administrativo, insensibilidade social e inépcia política.

      Pensando bem, não é São Paulo que é um lixo. É seu gestor.

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