Médicos não atenderão planos de saúde
A classe médica fará uma nova paralisação contra os planos de saúde complementar por sete dias em outubro; profissionais reivindicam que a Classificação Brasileira Hierarquizada Honorários e Procedimentos Médicos (CBHPM) se aplique aos planos de saúde privada
Leonardo Lucena_PE247 – A classe médica fará uma nova paralisação contra os planos de saúde complementar por sete dias em outubro. Os profissionais reivindicam que a Classificação Brasileira Hierarquizada Honorários e Procedimentos Médicos (CBHPM) se aplique aos planos de saúde privada a fim de que os médicos deste segmento obtenham um pagamento mais satisfatório. A paralisação ocorrerá em todo o país.
Apesar do protesto afetar milhares de usários, o presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM-PE), Mário Lins, afirma que as situações de emergência não se enquadram na paralisação. “Pacientes em casos emergenciais e aqueles que demandam tratamento contínuo, como câncer, quimioterapia, hemodiálise continuarão sendo atendidos”, explica Mário Lins, que também é Diretor Financeiro do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). Vale ressaltar que emergência é diferente de urgência. O primeiro conceito se refere a um caso o qual não se pode esperar, como parada cardiorespeiratória ou hemorragia (perda constante de sangue interna e externamente). O segundo já não é tão grave assim, como luxação ou fratura.
Antes da paralisação, ainda sem data marcada para começar, será realizado um ato de protesto para alertar os ususários sobre as dificuldades pelas quais os profissionais estão passando. Até o momento não há definição sobre quais planos de saúde serão afetados. Isso somente será decidido em uma assembleia da classe médica prevista para acontecer no próximo dia 18.
“Uma semana antes da paralisação, vamos realizar uma semana prévia de protesto”, disse Lins. A decisão também foi tomada com a corroboração do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe-PE) e da Associação Médica de Pernambuco (AMPE). “Não estamos lutando para inviabilizar o sistema. Agora, quando os médicos não recebem valores suficientes para sobreviverem, aí nós temos que lutar pelos nossos direitos”, acrescenta Mário Lins.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: