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Mendonça e as alternativas para o futuro do DEM

O deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), deverá ser, provavelmente, o novo líder do partido na Câmara dos Deputados. A decisão oficial sairá apenas na próxima semana, mas as informações dão conta de que a decisão da legenda teria sido tomada; além da oposição ao Governo Dilma, o pernambucano terá que saber contornar a possibilidade de alguns setores do DEM apoiarem o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), caso o socialista decida se candidatar a presidente em 2014, o que pode “quebrar” a oposição

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Leonardo Lucena_PE247 – O deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) deverá ser, provavelmente, o novo líder do partido na Câmara dos Deputados. A decisão oficial sairá apenas na próxima semana, porém as informações dão conta de que, segundo o parlamentar democrata Augusto Coutinho, outro concorrente à liderança, Ronaldo Caiado (GO), teria ligado para o pernambucano e informado sobre a decisão da bancada da legenda na Casa. Além de ter que atuar firme como oposicionista ao Governo Dilma, o pernambucano terá de saber contornar junto aos seus correligionários a possibilidade do DEM apoiar o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), caso o socialista decida se candidatar a presidente em 2014, o que pode “quebrar” a oposição.

“A decisão está marcada para domingo, 13 de fevereiro, então até lá não tenho como me colocar como líder. Ainda não há uma decisão concreta”, afirmou Mendonça Filho. Além de Caiado, estão na disputa Efraim Filho (PB) e Mendonça Prado (SE). Mendonça Filho, que terminou o quarto lugar nas últimas eleições para prefeito do Recife, com 2,25% dos votos, assumirá a liderança do partido na Câmara depois de Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) ter sido eleito prefeito de Salvador, capital do seu Estado. Após o término das últimas eleições, no ano passado, o partido passou a governar 278 municípios – a maior parte no Sudeste (113) e menor no Norte (13) -, enquanto que no pleito de 2008 tinha conquistado 496 prefeituras. Mendoncinha, como é conhecido, vem subindo o tom das críticas contra o Governo Dilma nos últimos meses, em um comportamento típico de quem tenta se firmar como liderança partidária.

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Por outro lado, os democratas começam a ganhar sobrevida, pois além da conquista da uma importante capital, como Salvador, a legenda está governando para 8,71 milhões de habitantes, o que representa um crescimento de 4,65% em relação às eleições de 2008. A legenda pretende ampliar dos atuais 27 deputados para 40 até 2014 para ganhar mais visibilidade nacional e Mendonça Filho terá um papel fundamental no sentido de fazer as articulações políticas de maneira que possa fortalecer a legenda.

Outro fator pelo qual Mendonça Filho, como líder do partido na Câmara e presidente estadual da legenda, terá que ficar atento é a possibilidade de Eduardo Campos se candidatar a presidente, o que pode vir a rachar o partido e prejudicar a oposição como um todo. O parlamentar deixa claro que ainda não existe nada de concreto nesta direção, porém confirma que pode haver um alinhamento entre DEM e PSB em um futuro próximo.

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“Na verdade, este assunto não está sendo posto em discussão, mas não é um assunto que podemos tirar de pauta nem afastar essa possibilidade. Existem setores dentro do partido que defendem esta linha, de que pra gente ter chances de ganhar eleição, a gente precisa ter alternativas, além do campo da oposição tradicional (PPS, DEM e PSDB)”, declarou.

De acordo com o democrata, Eduardo Campos representa um “novo quadro eleitoral” na política brasileira. “É evidente que à medida que Eduardo se candidate (a presidente), isso serve para contrapor ao projeto atual do PT e nós, objetivamente, colocamos à disposição dentro da Câmara, uma alternativa a quem hoje comanda o governo, que é a Dilma e o Partido dos Trabalhadores”, disse. O parlamentar também preferiu não explicitar a sua opinião pessoal sobre a possível aliança entre democratas e socialistas. “Vamos aguardar um pouco. Tem muito chão pela frente”, acrescentou.

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Esta possibilidade já havia sido colocada anteriormente pelo ex-presidente do DEM, o deputado federal Rodrigo Maia. Em declarações anteriores, mas já afirmou que muitos quadros da legenda possuem “uma grande simpatia” pelo governador Eduardo Campos, mas a concretização de uma aliança passaria necessariamente pelo afastamento dos socialistas da base de apoio do governo Dilma. Apesar disto, não existe um consenso geral dentro do partido sobre uma aliança deste nível.

Um outro ponto que pesa sobre o DEM é fato de muitos de seus integrantes quererem que o partido se desvincule do PSDB. O mais provável é que, em função do alinhamento e do histórico de aliança entre as siglas, o partido apoie a candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) à presidência da República em 2014 e libere alianças em níveis regionais, o que pode resultar num enfraquecimento da candidatura em vários palanques, entre eles o Nordeste, onde o PSB ampliou forças após as últimas eleições municipais.

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