Mês que vem BH ganha novo shopping
Empreendimento ser de grande porte, com 220 lojas e expectativa de 1,3 milho de consumidores por ms. O problema o trnsito na regio norte, que j est intenso. Por enquanto, extenso do metr no resolve
Minas 247 - O Shopping Estação BH, na avenida Cristiano Machado (nordeste da capital mineira) vai ser inaugurado até a segunda quinzena do próximo mês. O empreendimento é de grande porte, com quatro andares, área construída de 140 mil metros quadrados e 220 lojas. O investimento foi de R$ 250 milhões.
Para os lojistas, um atrativo a mais: será o primeiro centro de compras da cidade integrado a uma estação de metrô, a Estação Vilarinho, que recebe 1,8 milhão de passareiros por mês. Por isso mesmo, a expectativa dos executivos do shopping é que ele ele receba um público em torno de 1,3 milhão de consumidores por mês - a maioria das classes B e C, com renda mensal aproximada de R$ 3 mil, o público alvo do Estação BH.
O novo empreendimento segue a tendência recente nas grandes metrópoles e também observada na capital mineira: a de os centros de compra se deslocarem para os bairros mais afastados do centro. O último deles, em BH, foi o Boulevard Shopping, no bairro Santa Efigênia (zona leste). Em tese, eles fogem do trânsito intenso das áreas mais centrais. O problema é que, com o desenvolvimento recente das áreas mais ao norte, também nessa região o tráfego de veículos está perto do limite - situação que tende a se agravar com os novos investimentos, como os hotéis que estão chegando para atender a Copa do Mundo. A integração com o metrô pode ser um atenuante. Mas muito limitado, uma vez que esse meio de transporte é mal planejado na cidade, o que faz com que seja muito pouco utilizado pela população.
Confira texto de Geórgea Choucair, publicado no jornal Estado de Minas:
Novo shopping de BH será inaugurado em maio
O lazer e o entretenimento do Vetor Norte de Belo Horizonte vão ganhar um integrante de peso. Na segunda quinzena de maio vai ser inaugurado o Shopping Estação BH, na avenida Cristiano Machado. O shopping, de quatro andares, vai ser o primeiro da capital a ser integrado a uma estação de ônibus e metrô, a Estação Vilarinho, que recebe 1,8 milhão de passageiros por mês. O empreendimento vai contar com área construída de 140 mil metros quadrados e terá investimento entre R$ 150 e R$ 250 milhões. As classes B e C, com renda mensal em torno de R$ 3 mil, serão o público alvo do shopping.
O superintendente do Estação BH, Carlos Wagner de Castro, estima que o empreendimento vai receber em torno de 1,3 milhão de pessoas por mês. “Vamos atender o público de Venda Nova e bairros vizinhos, que não têm opção de compras ao redor. O shopping mais próximo é o Minas, que fica a sete quilômetros de distância”, afirma Carlos Wagner de Castro, superintendente do Estação BH.
O shopping vai contar com 220 lojas, sendo 10 âncoras, – Casas Bahia, Dadalto, Fast Shop, Renner, C&A, Riachuelo, Marisa, Leader, Magic Games e Lojas Americanas. “O mix de lojas foi projetado de acordo com o público alvo”, diz Castro. Na lista das megalojas vão estar Centauro, Leitura, Ponto Frio, Ri Happy, Polishop e Ricardo Eletro. Outras marcas, como Luigi Bertoli, Home & Cook, Hering, Adidas, Havaianas, TNG, O Boticário, Sketch, Alfabeto e Chilli Beans também vão fazer parte do empreendimento.
O shopping vai ter quatro andares e o acesso ao metrô será no primeiro. Depois de inaugurado deve gerar cerca de 3 mil empregos. As obras do empreendimento começaram há 18 meses e empregaram 2 mil pessoas. O empreendimento é obra da construtora Construcap e a gerenciadora é a Tessler Engenharia. Na gestão do shopping estão a BRMalls e Cyrela Comercial Properties. A BRMalls tem 47 shoppings no país. Em Minas ela administra o shopping Del Rey, Shopping Sete Lagoas, Indepedência (Juiz de Fora), Center Shopping, em Uberlândia, e tem participação como empreeendedora no Minas Shopping, além do Itaú Power e do Big shopping, em Contagem.
Segundo Carlos de Castro, o shopping tem localização privilegiada, próxima ao Centro Administrativo, Linha Verde, aeroporto da Pampulha e está em um vetor da cidade cuja perspectiva de crescimento é altíssima. “Enquanto a zona sul está saturada, nos últimos 10 anos a zona norte teve um crescimento populacional importante, reunindo hoje cerca de um milhão de pessoas. Setores do governo do estado se transferiram para região, que é também caminho para o aeroporto de Confins.”
A intenção dos dirigentes do shopping é atender também os consumidores dos municípios de Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano. A praça de alimentação vai contar com 35 lojas, como McDonald’s, Subway, Burguer King, Kopenhagen, Bob’s, Giraffas, Mundo Verde, Spoletto, Vivenda do Camarão, Cacau Show, California Coffee, entre outras. A área pode servir também de opção para almoço e lanche dos servidores públicos que trabalham na Cidade Administrativa.
O empreendimento vai contar ainda com seu primeiro complexo de cinema Cinépolis, do grupo mexicano. O complexo vai ter seis salas de cinema com projeção 3D em uma delas. Instalado em área de 60 mil metros quadrados, o centro de compras vai contar com estacionamento com 1,2 mil vagas.
Os investimentos mais pesados em shoppings centers devem acontecer a partir de agora nas áreas mais afastadas dos centros das grandes metrópoles, segundo previsão da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). “Temos 27 capitais e 5,5 mil cidades do interior. É natural que o número de shoppings vai crescer mais nas cidades menores do que nas capitais”, afirma Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce.
E os shoppings das regiões metropolitanas e do interior têm características muito próximas aos da capital: megastores, fast-food de peso e lojas de grifes fortes nacionais e internacionais. A previsão da Alshop é que sejam construídos 14 novos shoppings em Minas nos próximos anos, sendo apenas três em Belo Horizonte. Atualmente, a capital e o interior contam com o mesmo número de centros comerciais. Mas chegou o momento da virada e nos próximos anos Minas deve passar a ter 28 shoppings no interior, contra 21 na capital.
Há 15 anos, diz, cerca de 85% dos shoppings estavam localizados nas capitais e apenas 15% no interior. Hoje, essa divisão está mais equilibrada. “O preço dos terrenos está muito caro nas capitais. Isso ajuda na abertura de novos shoppings no interior”, observa Veiga. Ele ressalta ainda o crescimento do poder de compra das classes C e D, que passaram a frequentar e comprar mais nos grandes centros de compras.
Todas as cidades com mais de 150 mil habitantes têm capacidade para abrigar centros de compras, segundo o diretor de relações institucionais da Alshop, Luís Augusto Idelfonso da Silva. Ele defende a abertura de shoppings no interior, pois assim são gerados mais empregos, há menos deslocamento para o trabalho e os impostos acabam sendo recolhidos dentro do próprio município.
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