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Metrô leve de Cuiabá não endivida o Estado, diz juiz

Para titular da 1ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, que suspendeu liminar, VLT não entra na conta do governo

Metrô leve de Cuiabá não endivida o Estado, diz juiz (Foto: Divulgação)
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Portal 2014

- Uma semana após determinar a suspensão do contrato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá-Várzea Grande, a Justiça Federal do Mato Grosso (JFMT) voltou atrás e reverteu a liminar na noite da última quarta-feira (15), garantindo a continuidade da principal obra de mobilidade urbana da Copa em Mato Grosso, de longe, a mais polêmica do país.

No último dia 8 de agosto, o juiz suplente Marllon de Sousa apontara risco de endividamento do Estado, prazo curto para execução das obras e uso ilegal do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), entre outros pontos, para justificar o pedido de suspensão da obra.

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Desta vez, em direção oposta à de seu colega, o magistrado Julier Sebastião da Silva, titular da 1ª Vara da JFMT, argumentou que inexistem "fatores financeiros, jurídicos ou executivos a obstar a implantação do VLT" e pediu pela "autorização da continuidade do empreendimento".

Julier da Silva afirmou ao Portal 2014 que uma audiência realizada na quarta-feira (15) com a participação de três "réus" - o titular da Secretaria da Copa, Mauricio Guimarães, o secretário da Fazenda, Marcel Cursi, e o engenheiro do consórcio vencedor, Fernando Orsini - foi essencial para avalizar a decisão da Justiça.

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"Foi a partir dessa audiência, possibilitando que ouvíssemos quem não havia sido ouvido na primeira decisão, que se autorizou novamente a continuidade da obra", disse.

Segundo ele, a capacidade de endividamento do Estado, apontada pelo juiz anterior como principal "calcanhar de Aquiles" do contrato do VLT, não está comprometida.

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"O secretário de Fazenda foi inquirido sobre isso, tanto pela Justiça como pelo Ministério Público. Ele explicou que, como se trata de linha crédito de caráter nacional e específica para a Copa do Mundo, esse tipo de endividamento não entra no limite do Estado", lembrou.

Dos R$ 1,4 bilhão previsto para o metrô leve, R$ 423 milhões serão financiados pela Caixa Econômica Federal e outros R$ 727 milhões, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os empréstimos já estão encaminhados.

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Sobre outro ponto polêmico apontado pelo juiz Marllon de Sousa –a inviabilidade de se terminar a obra até a Copa do Mundo de 2014 –, a Justiça Federal, desta vez, confiou nos documentos apresentados pelo consórcio construtor, garantindo que o VLT estará pronto a tempo.

"Com os documentos e depoimentos apresentados, e a partir da manifestação das partes, é que se chegou a essa conclusão de que a obra terá o seu retorno assegurado."

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Segundo a Secopa, imediatamente após a liminar proferida por Julier da Silva, as obras do VLT, que haviam sido iniciadas no primeiro dia de agosto, já foram retomadas.

 

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Nova polêmica

A obra do metrô rápido cuiabano foi alvo de uma extensa matéria publicada nesta sexta-feira (17) pelo jornalista Vinicius Segalla, do portal "UOL", revelando uma série de manipulações no processo licitatório da obra.

Segundo a reportagem, o vencedor da concorrência (consórcio VLT Cuiabá, formado pelas empresas CR Almeida, Santa Bárbara, CAF, Magna Engenharia e Astep) já era conhecido até um mês antes do processo ser realizado. Além disso, segundo um assessor do vice-governador do estado, R$ 80 milhões em propina teriam sido pagos para assegurar que o consórcio VLT Cuiabá sairia vitorioso.

Em entrevista coletiva, o governador Silval Barbosa negou as acusações de fraude e disse que "muitas denúncias sobre supostas cartas marcadas na licitação do VLT já foram feitas, inclusive, apontando que já estaria combinado para outros consórcios vencerem a licitação".

Questionada, a Justiça Federal diz que não tem investigações em curso sobre o assunto.

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