Michel Temer: "discurso de Campos é eleitoreiro"
Diante da provável aliança o PMDB com a presidente Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente da República, Michel Temer, alfinetou o pré-candidato ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos (PSB); "É discurso eleitoreiro", disse Temer; o ex-governador de Pernambuco Campos já havia dito que, se for eleito, "as velhas raposas da política" serão oposição no seu governo, tendo como uma das principais referências os peemedebistas; para Temer, "se o PMDB um dia estiver na oposição, vai criar dificuldade muito grande (para o governo)"
Pernambuco 247 – Diante da provável aliança o PMDB com a presidente Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente da República, Michel Temer, alfinetou o pré-candidato ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos (PSB). “É discurso eleitoreiro”, disse Temer. O ex-governador de Pernambuco já havia dito que, se for eleito, "as velhas raposas da política" serão oposição no seu governo, referindo-se, especialmente, ao PMDB, principal aliado do PT no Congresso Nacional.
Em passagem pelo Maranhão, no dia 26 de abril, o peessebista criticou explicitamente o ex-presidente da República José Sarney (AP), um dos principais nomes do PMDB em nível nacional. "O senador Sarney terá meu respeito, mas no meu governo ele será oposição durante os quatro anos", afirmou o presidenciável.
No mesmo dia, em Manaus (AM), Campos alfinetou os peemedebistas. "O povo clama por uma alternativa política que coloque o fisiologismo e o atraso da velha política na oposição", disse o peessebista, no 4º Seminário Regional Programático da aliança PSB-REDE-PPS-PPL.
Em entrevista ao Blog do Josias, Temer afirmou o PMDB na oposição traria dificuldades para qualquer governo. "Se o PMDB um dia estiver na oposição, vai criar dificuldade muito grande (para o governo)", declarou o peemedebista. "Haveria uma dificuldade governativa", acrescentou.
Aliança
O PMDB deve formalizar, nesta terça-feira (10), na Convenção Nacional do partido qual presidenciável apoiará na eleição. Apesar de atritos com a presidente Dilma, sob o argumento de que a petista precisaria dialogar mais com os peemedebistas, a conjuntura política aponta para uma aliança com a chefe do Executivo federal.
Em busca de mais espaço, tanto no governo federal como nos estaduais, o PMDB cobra da presidente Dilma maior participação no governo. "Eu devo registrar que, certa e seguramente, num próximo mandato, a presença do PMDB no governo será muito mais acentuada", disse Temer.
Os peemedebistas ocupam cinco ministérios - Agricultura (Antônio Andrade), Minas e Energia (Edison Lobão), Turismo (Gastão Vieira), Previdência (Garibaldi Alves), e Secretaria de Aviação Civil (Moreira Franco), além de participação em cargos de segundo escalão e em estatais. Segundo o vice–presidente da República, "o PMDB tem tido uma participação" no governo.
"Mas evidentemente que é preciso expressar melhor esta participação e expressá-la significa ter uma ocupação maior nos espaços das chamadas políticas públicas do governo", disse. Temer afirmou ainda que mais espaço no governo Dilma não significaria que o PT estaria cedendo cargos para o PMDB.
“Não será exatamente uma cessão, mas uma compreensão. Acho que haverá compreensão. Isso tudo é fruto do diálogo. Nós do PMDB temos, e eu penso que tenho especialmente, uma capacidade muito grande de dialogar. E nesse diálogo é que nós vamos ajustar os ponteiros com o governo", declarou. Após ser questionado sobre se Dilma já está convencida desta "cessão", Temer foi taxativo: “Seguramente, não tenho a menor dúvida disso.”
Estados
Em almoço ocorrido nesta segunda-feira (9) com a cúpula peemedebista, o presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), informou que o partido deverá lançar candidato próprio em 19 estados. Em alguns deles, como Amazonas, Pará e Tocantins, a legenda será apoiada pelo PT. Em outras unidades federativas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, os dois partidos lançarão candidatos.
O PMDB não terá postulante em oito estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Distrito Federal, Santa Catarina, Acre, Amapá e Roraima. Em relação às candidaturas para o Senado, o partido disputará vagas na Casa em dez estados.
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