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Micro-AVC. Um alerta que não deve ser menosprezado

Cuidar urgentemente dos acidentes isquêmicos transitórios reduz pela metade o risco de ataques cerebrais subsequentes.

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Por Anne Prigent – Le Figaro

 

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Entre 10 mil e 20 mil acidentes vasculares cerebrais (AVC) poderiam ser evitados a cada ano. Como? Cuidando dos  acidentes isquêmicos transitórios (AIT) no prazo de 24 horas, que são premissas de um ataque cerebral. Como revelado por um estudo publicado no  New England Journal of Medicine em 21 de abril, este tratamento precoce reduz pela metade o risco de AVC nos três meses subsequentes.

Quando o acidente vascular cerebral ocorre, ele é muitas vezes descrito como um «trovão em um céu sereno». No entanto, um quarto dos 130 mil AVC’s que ocorrem todo ano na França foram precedidos por um ou mais AIT’s. «É a fumaça do vulcão que anuncia o desastre», ilustra o Prof. Pierre Amarenco, chefe do setor de neurologia no Hospital Bichat em Paris e coordenador do estudo  internacional.

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12 a 20 % seguidos por um AVC

Os micro-AVC’s se manifestam como os AVC’s: paralisia ou anestesia de um membro, distúrbio da visão, do equilíbrio ou a perda da voz. Mas esses distúrbios duram pouco, apenas alguns segundos ou minutos. Se nada for feito, 12 % a 20 % desses sintomas, cuja natureza transitória fornece uma falsa sensação de segurança, serão seguidos por um AVC, com um risco aumentado na primeira semana. «Quando os pacientes chegam ao pronto socorro após um AIT, os sintomas desapareceram e muitas vezes, eles são dispensados para fazer exames complementares que levarão de oito a quinze dias. Mas é preciso uma solução imediata», insiste Pierre Amarenco. É o que demonstra o estudo: a avaliação rápida das causas do AIT nos pacientes permite uma diminuição do risco de AVC subsequente, de 12  % a 6 %.

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Para o Prof. Amarenco, esses resultados espetaculares exigem a multiplicação das clínicas SOS-AIT, sendo que por enquanto, há apenas duas destas clínicas na França (uma em Paris e a outra em Toulouse). Nestes centros,  o objetivo é realizar todos os exames (IRM incluído) em menos de três horas. No término deste check-up, um quarto dos pacientes será internado para um tratamento imediato e os três quartos restantes, irão para casa com uma receita médica e medicamentos para prevenir o surgimento de um ataque cerebral.

Não há estruturas dedicadas em quantidade suficiente

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«O tratamento dos AVC’s passou por uma verdadeira revolução nestes últimos vinte e cinco anos, que resultou na implementação de unidades neurovasculares. Com os AIT’s, estamos na etapa seguinte que irá evitar os acidentes fortes, fonte de mortalidade e de incapacidade», explica o Prof. Norbert Nighoghossian, chefe do setor de  neurologia vascular no Hospital Universitário de Lyon. Mas enquanto o Reino Unido criou mais de 200 estruturas para os AIT’s há cerca de dez anos, a França ficou para trás. Um atraso que hoje, parece urgente de se recuperar, pois, na ausência destas estruturas, o tratamento dos AIT’s é muitas vezes tardio ou insuficiente. «Muitos centros já não dispoem de recursos para tratar dos AVC’s fortes. Sendo assim, infelizmente, os AIT’s ficam em segundo plano. Ainda mais que atualmente, não há recomendação de tratamento ultraprecoce », analisa o Prof. Nighoghossian.

O desafio da saúde pública é enorme. Pois quando o ataque cerebral surge, em média, apenas 5% dos pacientes franceses recebem um tratamento eficaz no prazo de seis horas.

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