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Mídia sergipana aposta que João não deixa prefeitura

Principais colunistas e blogueiros de política sergipanos avaliam que o prefeito João Alves Filho (DEM) não renunciará ao cargo para disputar o governo do Estado; para o jornalista Diógenes Brayner, "João pode repetir o que disse D. Pedro: "como é para felicidade geral de Aracaju, digo ao povo que fico"; o blogueiro Cláudio Nunes diz que "pesou na decisão de João o compromisso assumido com os aracajuanos e as promessas que ainda não cumpriu e o fato da disputa está polarizada entre Jackson e Amorim"; André Barros diz que o líder do DEM fica no cargo de prefeito, mas dificilmente anunciará o caminho que o partido irá tomar nesta eleição antes de junho

Principais colunistas e blogueiros de política sergipanos avaliam que o prefeito João Alves Filho (DEM) não renunciará ao cargo para disputar o governo do Estado; para o jornalista Diógenes Brayner, "João pode repetir o que disse D. Pedro: "como é para felicidade geral de Aracaju, digo ao povo que fico"; o blogueiro Cláudio Nunes diz que "pesou na decisão de João o compromisso assumido com os aracajuanos e as promessas que ainda não cumpriu e o fato da disputa está polarizada entre Jackson e Amorim"; André Barros diz que o líder do DEM fica no cargo de prefeito, mas dificilmente anunciará o caminho que o partido irá tomar nesta eleição antes de junho (Foto: Valter Lima)

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247 - Os principais colunistas e blogueiros de política sergipanos avaliam que o prefeito João Alves Filho (DEM) não renunciará ao cargo para disputar o governo do Estado. Embora tenha aumentado a pressão de aliados sobre o demista, ele dificilmente cederá ao apelo de quem quer vê-lo candidato a um quarto mandato de governador. Às 8h desta sexta (4), João reunirá a imprensa para anunciar sua decisão.

Para o jornalista Diógenes Brayner, do jornal Correio de Sergipe, "numa analise mais apurada do que aconteceu nestes últimos três dias, o prefeito João Alves Filho pode repetir o que disse D. Pedro: "como é para felicidade geral de Aracaju, digo ao povo que fico".

O jornalista e blogueiro Cláudio Nunes, do Portal Infonet, faz avaliação semelhante: "Pesou na decisão de João Alves o compromisso assumido com os aracajuanos e as promessas que ainda não cumpriu e o fato da disputa está polarizada entre Jackson e Amorim e, mesmo estando bem nas pesquisas, precisaria montar em torno de si um bloco partidário forte".

Quem também avalia que o prefeito não deixará cargo é o jornalista André Barros, do jornal Correio de Sergipe e da Jovem Pan. Ele diz que o líder do DEM fica no cargo, mas dificilmente anunciará o caminho que o partido irá tomar nesta eleição antes de junho. Para Cláudio Nunes, João não se aliará ao governador Jackson Barreto (PMDB) em decorrência da presença do PT na chapa.

Abaixo os textos de Brayner e Nunes na íntegra:

O FIM DO SUSPENSE
Diógenes Brayner

Há tempos que um fato político não criou tanto suspense em todo o Estado. Nem Alfred Hitchcock deixou tanta gente tensa e curiosa com o final de um filme. Mas, enfim, daqui a pouco, sabe-se do resultado. Em reunião à imprensa e convidados, o prefeito João Alves Filho (DEM) vai anunciar a sua posição em relação a desincompatibilização ou não do cargo para disputar o Governo do Estado. Arrisco: João fica.

Uma analise mais apurada do que aconteceu nestes últimos três dias, o prefeito João Alves Filho pode repetir o que disse D. Pedro: “como é para felicidade geral de Aracaju, digo ao povo que fico”. Não dá para imaginar posição diferente, em razão do comportamento que o prefeito vem mantendo, avesso a quem pensa em disputar um novo mandato, notadamente da importância do Governo do Estado.

Experiente, João deve ter pressentido que não pode entrar em aventuras, baseado apenas no que mostram as pesquisas, já que durante todo o período em que poderia estar plantando um novo projeto de Governo para o Estado, cuidou de administrar Aracaju, dentro do seu estilo de marcar boa presença no mandato que o eleitorado lhe deu. Além disso, como já disse o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, “João nunca foi de deixar mandato pela metade”.

A maioria dos seus aliados, principalmente os que se dispõem a disputar mandatos para deputados estadual e federal, estava torcendo para que ele deixasse a Prefeitura e topasse a candidatura ao Senado. Já as alianças formadas com pré-candidatos ao Governo, como é o caso do PSC&Cia e do bloco que tem à frente o governador Jackson Barreto (PMDB) querem que ele se mantenha prefeito e ambos desejam seu apoio.

Se João Alves Filho tivesse com a intenção de sair, não agiria exatamente às vésperas do dia que teria que se afastar da Prefeitura. Antes, até de forma silenciosa, conversaria com a sua base política, além de procurar entendimentos com outros partidos para formação de uma terceira via, com chances de sair vitoriosa. Também não deixaria o seu vice, José Carlos Machado (PSDB), em suspense quanto à sua desincompatibilização, já que hoje ele tomaria posse como prefeito da Capital.

Outro aceno de que sairia da Prefeitura era a busca de um entendimento com o senador Valadares (PSB), com quem já esteve várias vezes, para que juntos formassem uma aliança e fossem buscar outros partidos, como o PRB, cujo presidente regional, Heleno Silva, poderia apoiá-lo, em razão do descontentamento com o PT, que indicou o deputado federal João Daniel a deputado federal, prejudicando o projeto do seu partido em eleger o vereador Pastor Jony. Nada disso aconteceu.

Um fato que conduz a uma decisão de ficar é a sua perspectiva administrativa, com uma série de obras projetadas, entre elas a edificação de um bairro modelo, delineado por Jaime Lerner, e a reformulação do chamado parque da Sementeira, além do projeto de mobilidade urbana que já está em andamento. O prefeito demonstra que ficará à frente da Prefeitura, com o objetivo de deixar a sua marca.

É certo que não precisaria de uma entrevista coletiva para declarar “o fico”, já que nunca disse que sairia. Mas dará uma satisfação à sociedade e provavelmente dirá que apesar das pesquisas favorecerem a uma candidatura a governador, ele prefere se manter à frente da Prefeitura, para cumprir o programa apresentado ao eleitorado na campanha de 2012.

A expectativa, depois da entrevista, certamente será sobre quem o prefeito vai apoiar na disputa pelo Governo. Aí será uma nova história, que se transformará em mais um fato do suspense político. Faço aqui um pensamento depois de uma análise de tudo que vem ocorrendo nos últimos dias. Juntando peça por peça, estamos arriscando uma opinião que, se for o contrário e João Alves sair, antecipo o pedido de desculpas.

JOÃO FICA E DIFICILMENTE SE UNIRÁ AO PT
Cláudio Nunes

Quem conhece o estilo deste espaço sabe que jamais ficaria com meias palavras neste momento. Prefere arriscar uma grande barrigada, mas expor aos leitores o que acha.

Analisando todas as movimentações políticas publicamente e também nos bastidores o blog chegou a uma conclusão: João Alves resolveu ficar na Prefeitura de Aracaju. Uma decisão que ele tinha maturado há muito tempo, mas que nas últimas semanas ficou em duvida por conta das dezenas de pedidos de lideranças e auxiliares. Ele convidou a imprensa para uma coletiva hoje, às 8h, na sede da CDL.

Pesou na decisão de João Alves o compromisso assumido com os aracajuanos e as promessas que ainda não cumpriu e o fato da disputa está polarizada entre Jackson e Amorim e, mesmo estando bem nas pesquisas, precisaria montar em torno de si um bloco partidário forte. E a maioria dos partidos, assim como as principais lideranças políticas do interior, já tem candidatos definidos.

João não anunciará quem apoiará para o governo neste momento, mas sabe que apesar dos afagos do governador Jackson Barreto tem um grande empecilho: o PT na chapa majoritária. Ele não tem como convencer a direção nacional do DEM e muito menos explicar ao seu eleitorado uma composição tão antagônica. Sem falar que a maioria dos petistas de Sergipe querem distância de João.

Por isso, João Alves deve optar pelo apoio a candidatura do senador Eduardo Amorim ou até mesmo ao apoio a candidatura do senador Valadares se o PSB resolver mesmo lançá-lo em Sergipe não só para reforçar o palanque de Eduardo Campos, mas como uma alternativa as candidaturas já postas.

O governador Jackson Barreto neste momento deve se preocupar. A aliança com João poder virar água por conta do PT. E não é só isso: Déda costurava com Eduardo Campos a necessidade de manter a aliança PT/PSB independente do rompimento com Dilma. Eduardo já tinha aberto o caminho que foi fechado com o namoro explicito com o DEM. Ou seja, Jackson pode ficar sem o DEM e sem o PSB.

Independente de quem João Alves escolher para apoiar uma certeza: Amorim e Jackson, depois das paqueras explícitas com o prefeito não poderão criticá-lo na campanha eleitoral.

Qualquer crítica o eleitorado vai entender como dor de cotovelo de quem está despeitado por conta de uma decepção eleitoral.

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