Milho para enfrentar a seca chega a Pernambuco
Com o objetivo de ajudar os criadores de gado enfrentar os efeitos da seca, foram desembarcadas 25 mil toneladas de milho no Porto do Recife, sendo 14 mil destinadas à forragem do rebanho pernambucano; sob um investimento de R$ 7,8 milhões, o quantitativo chegou ao Recife com um mês de atraso sobre o prazo originalmente previsto e a distribuição junto aos produtores deverá demorar ainda mais por conta das chuvas que caem em várias regiões do Estado
Leonardo Lucena_PE247 – Com o objetivo de ajudar os criadores de gado enfrentar os efeitos da seca, foram desembarcadas 25 mil toneladas de milho no Porto do Recife, sendo 14 mil destinadas à forragem do rebanho pernambucano. Sob um investimento de R$ 7,8 milhões, o quantitativo chegou ao Recife com um mês de atraso sobre o prazo originalmente previsto. Do aporte total, 50% servirá para cobrir os custos logísticos e o restante aplicado na forragem. Diante do rumor de que o milho chegaria gratuitamente aos produtores, o secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária, Aldo Santos, reforça que a informação não procede e que é do Estado a responsabilidade de arcar com os gastos logísticos, privando os agricultores de pagar parte desse ônus.
“Não poderíamos ter no mesmo Estado a Conab vendendo milho e o Estado doando milho. Isso não teria coerência. Fazemos (Governo Estadual e Conab) parte do mesmo programa. Temos de manter o mesmo formato do programa Venda Balcão. A Conab assume a venda de milho no Agreste do Estado, exceto em Garanhuns, e o Estado se responsabiliza pela venda no Sertão”, declarou. “O agricultor não arca com nada. Apenas com a saca de 60 quilos (kg) que ele for comprar”, acrescentou.
De todo modo, os agricultores terão de esperar o sol no Grande Recife, pois a distribuição do milho não será feita enquanto as chuvas que tem caído sobre a Região Metropolitana não diminuírem de volume. De acordo com o superintendente regional da Conab, Roberto Lins, o tempo úmido pode danificar o milho, e para evitar a perda do grão é necessário um maior tempo de armazenagem dentro do navio.
A distribuição de milho passou a ser uma das principais prioridades do Governo, uma vez que se trata da principal fonte de energia do gado. Porém, alguns fatores atrasaram a entrega do alimento. Quando chega no Estado, o milho é fracionado em sacas de 60 quilos (kg). O governo repassa cada saca por um preço de R$ 18,12 os produtores que adquirirem até três toneladas e por R$ 21 para quem comprar entre três e seis toneladas.
Do Recife, o milho será distribuído às instalações da Conab em Arcoverde, no Sertão, e para outras 10 unidades que pertencem ao Governo de Pernambuco, sendo que quatro delas são operadas pelo Governo Federal – Caruaru, Bom Conselho, Itaíba, no Agreste, e Betânia, no Sertão. Atualmente, há quatro mil toneladas de milho estocadas no Estado.
Em abril, a Conab havia realizado o primeiro leilão para o transporte de milho, mas não houveram empresas interessadas em realizar a operação tendo em visto o curto prazo (15 dias) para a entrega do alimento. No dia 26 do mesmo mês, foi realizado um novo leilão para o transporte de 103 mil toneladas, mas somente 20 mil foram adquiridas e, como consequência, Pernambuco ficou de fora da lista dos estados contemplados para receber o grão.
As 25 mil toneladas desembarcadas nesta terça-feira (2) deveriam ter sido entregues no dia 6 do mês passado. A Conab alegou que problemas logísticos e as fortes chuvas sobre o Porto de Paranaguá (PR) atrasaram a entrega. De acordo com a Conab, Pernambuco recebeu 42,26 mil toneladas de milho das 46,35 mil toneladas contratadas pela estatal. A Conab adquiriu, ainda, outras 8,2 mil toneladas do alimento ensacado visando à distribuição nos polos do estado. Desse total, 7,57 mil já foram entregues.
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