Militares lançam movimento contra gestores
Através de uma pulseira preta que significa o movimento “Luto pela Sociedade”, militares alagoanos estão convocando os demais membros das polícias e a sociedade civil para protestar contra os gestores da segurança. “Essa pulseira mostra a nossa reação frente postura do governador e dos demais responsáveis pela segurança pública”, explica o presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL), sargento Marcos Ramalho.
Alagoas247 - O presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL), sargento Marcos Ramalho, convidou todos os membros das policias Militar, Civil e a sociedade para protestar contra o que classifica como a má gestão dos responsáveis pela segurança pública no estado. Por meio de uma pulseira preta, que representa o movimento "Luto pela Sociedade", Ramalho pretende mostrar aos alagoanos que os altos índices de combate à criminalidade não são de responsabilidades dos agentes da segurança pública.
De acordo com Ramalho, os militares que saem às ruas para combater a criminalidade também são vítimas do descaso do poder público, financiado pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e dos membros da Secretaria de Defesa Social de Alagoas. O militar esclareceu que o movimento não tem como objetivo insubordinar contra os comandantes das unidades, mas, sim, em desfavor dos gestores que deveriam priorizar as ações contra o crime.
“Todo esse contexto da criminalidade atinge, diretamente, a todos nós militares. Essa campanha com a faixa preta tem como foco mostrar que estamos em luto pelo número de mortos, bem como pela situação a qual os militares passam nas ruas. Não estamos satisfeitos com os altos índices de criminalidade. Essa pulseira mostra a nossa reação frente a postura do governador e dos demais responsáveis pela segurança pública. Como forma de reagir ao nosso protesto, os comandantes dos batalhões estão reabrindo sindicâncias administrativas que estavam arquivadas desde 2012. Apesar desta postura, vamos continuar protestando em nome da sociedade alagoana”, pontuou o militar.
O movimento da pulseira preta começou em São Paulo devido aos altos índices de criminalidade. Em Alagoas, o movimento começou há alguns dias e já obteve, segundo Ramalho, um grande número de adesão dentro e fora dos batalhões da Polícia e Corpo de Bombeiros. “Estamos cientes da nossa obrigado para com os alagoanos. Por isso, não podemos nos furtar da nossa missão de enfrentar e combater à criminalidade. Mesmo assim, com a violência assolando todo estado, teremos diminuição no investimento da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros em 2014. Toda tropa está unida e estamos orgulhosos em fazer parte deste movimento”, considerou o militar.
Apesar do cenário de caos apontado, Ramalho assegura que todos militares têm feito sua parte no quis respeito a cumprir a missão de salvaguardar os alagoanos. “Uma verdade que muito poucos sabem é que o trabalho nos batalhões acontecem em virtude dos militares encararem o serviço com amor e responsabilidade, pois têm total respeito pelo que fazem. Nesta semana, teremos assembleias com os companheiros e não tenho dúvida de que o número de adesão vai crescer substancialmente. Estamos orientando a tropa a seguir neste caminho e mostrar, mais uma vez, que estamos fazendo a nossa parte. Os colegas que estão nas ruas fazem, como muito louvor, a sua parte. Falta as demais autoridades chamar pra si a responsabilidade e reagir diante deste cenário de tanta violência”, concluiu.
Com gazetaweb.com
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