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Minas concede maior condecoração à professora que morreu para salvar crianças

O governador Fernando Pimentel, que esteve pessoalmente com boa parte de seu secretariado no dia da tragédia em Janaúba, vai telefonar nesta terça-feira para a família da professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, para dar os pêsames em seu nome e do governo de Minas pela perda e comunicar que ela será homenageada com a Medalha da Inconfidência, in memoriam; a condecoração, a maior do Estado, será estendida aos policiais e bombeiros militares, além das demais professoras e pedreiros, que prestaram os primeiros socorros às vitimas do atentado na creche, onde 11 pessoas morreram, sendo 9 crianças

O governador Fernando Pimentel, que esteve pessoalmente com boa parte de seu secretariado no dia da tragédia em Janaúba, vai telefonar nesta terça-feira para a família da professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, para dar os pêsames em seu nome e do governo de Minas pela perda e comunicar que ela será homenageada com a Medalha da Inconfidência, in memoriam; a condecoração, a maior do Estado, será estendida aos policiais e bombeiros militares, além das demais professoras e pedreiros, que prestaram os primeiros socorros às vitimas do atentado na creche, onde 11 pessoas morreram, sendo 9 crianças (Foto: José Barbacena)
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Minas 247 - O governador Fernando Pimentel, que esteve pessoalmente com boa parte de seu secretariado em Janaúba, no dia em que o vigia Damião Soares dos Santos ateou fogo no próprio corpo, incendiou a creche Criança Inocente e matou nove alunos de quatro e cinco anos – uma delas morreu nesta segunda-feira – vai telefonar nesta terça-feira para a família da professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, para dar os pêsames em seu nome e do governo de Minas pela sua morte e comunicar que ela será homenageada com a Medalha da Inconfidência, in memoriam. A condecoração, a maior do Estado de Minas Gerais, será estendida aos policiais e bombeiros militares, além das demais professoras e pedreiros, que prestaram os primeiros socorros às vitimas do atentado na fatídica quinta-feira, 5 de outubro, em que além das nove crianças morreram a professora e o vigia Damião.

A professora Helley Abreu Batista está sendo considerada uma heroína não apenas pela cidade de Janaúba, a mais de 500 quilômetros de Belo Horizonte, no Norte do Estado, mas por boa parte do país, pela bravura demonstrada no atentado, quando salvou pessoalmente pelo menos 25 crianças do incêndio provocado pelo vigia Damião, não conseguindo escapar das chamas que devoraram 90 por cento de seu corpo e a levaram à morte no dia seguinte ao incêndio. No final de semana, o presidente Temer também a homenageou com a Ordem Nacional do Mérito concedida a pessoas que deram exemplo de dedicação e serviço ao país e à sociedade brasileira. Ao ser reaberta, dentro de 80 dias, a creche passará a ter o nome da professora que se sacrificou para salvar suas crianças.

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Para o governador Fernando Pimentel, que hoje telefona para a família da professora Helley, a decisão de dar a ela e aos profissionais de segurança que acudiram no primeiro momento, com enorme sacrifício, foi tomada ainda na semana passada quando ele e boa parte de seu secretariado, incluindo sua esposa, Carolina, presidente do Servas – Serviço de Assistência Social Voluntário – estiveram pessoalmente em Janaúba, alertados que foram quando participavam de um simpósio na cidade de Aimorés, no nordeste de Minas, quase na divisa com o Espírito Santo.

Tendo chegado ao local logo após o incêndio, o governador visitou parentes das vitimas, percorreu os hospitais da cidade e mandou que os aviões e helicópteros do Estado transportassem os feridos mais graves para hospitais de Montes Claros, a 120 quilômetros de distância, e até para Belo Horizonte, contratando para o transporte aviões-ambulância em função da urgência do atendimento a algumas das crianças em estado de maior gravidade. Pelo menos quatro delas não suportaram as queimaduras e morreram, somando-se às outras cinco que também foram a óbito, totalizando, com a professora e o autor do atentado, nada menos de onze falecimentos. Quase oito dias após a tragédia, ainda há crianças e adultos correndo risco nos diversos hospitais onde estão internados.

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O que se pergunta, e não apenas em Janaúba – o corpo do vigia Damião foi sepultado sem a presença sequer de parentes que se sentiram consternados com o atentado – é o que teria levado o pacato Damião, um modesto vendedor de sorvetes durante o dia e vigilante noturno da Creche Criança Inocente à noite a cometer o atentado. Não há explicação. A prefeitura do município garante que ele não estava sob tratamento psiquiátrico, como se chegou a aventar no primeiro momento, também foi desmentida a informação de que ele teria sido demitido e a própria família não sabe explicar o que aconteceu. Sabe-se apenas que desde a morte do pai, há três anos, que Damião, aos 50 anos, já não parecia o mesmo e chegou a reclamar com os parentes que achava que sua mãe o estava envenenando. Um gesto de insanidade, coisa repentina? Um surto psicótico? Um atentado planejado? Ninguém sabe. Damião levou para o tumulo o que o fez a praticar o atentado e dificilmente a polícia que apura o caso terá resposta para o sangrento e doloroso 5 de outubro, o dia em que o rio Gorutuba, que corta a cidade de Janaúba, se cobriu de luto e levou para o Rio São Francisco a dor de uma cidade e a solidariedade de boa parte do país. “Eu vi de perto a tragédia” conta desolado o governador Fernando Pimentel ao 247, ao refirmar a solidariedade de seu governo à ainda abalada Janaúba.

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