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    Mito do boxe, Muhammad Ali completa 70 anos

    Lenda viva do esporte mundial enfrenta h anos a maior luta de sua vida, contra o Mal de Parkinson; relembre luta com Joe Frazier em vdeo

    Mito do boxe, Muhammad Ali completa 70 anos (Foto: TIM SHAFFER/REUTERS)
    Gisele Federicce avatar
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    Cassius Oliveira_247 - Nos ringues, ele flutuava como uma borboleta e picava como uma abelha. Foi assim que Muhammad Ali (ou Cassius Clay) entrou para a história do boxe. Nesta terça-feira, a lenda viva do esporte mundial faz 70 anos de idade. Com um impressionante cartel de 56 vitórias em 61 lutas – uma delas, o histórico embate contra George Foreman, em 1978 – ele foi considerado o melhor pugilista de todos os tempos. Título que, até hoje, ninguém chegou perto de bater.

    Fora dos ringues, o norte-americano se tornou um símbolo do movimento negro, comparado a ídolos do porte de Michael Jordan e Pelé. A diferença é que nenhum outro se engajou em movimentos políticos como Ali, cujo ativismo se confundia com sua atividade de boxeador. Campeão mundial dos pesos pesados pela primeira vez em 1965, um Ali ainda invicto perdeu o cinturão e a licença para lutar após se negar a servir ao Exército norte-americano no Vietnã.

    O boxeador só seria autorizado a lutar de novo nos anos 70, quando aprimorou sua habilidade de usar os meios de comunicação para provocar os adversários, o que fazia de suas lutas em um verdadeiro espetáculo. Sua brilhante carreira foi marcada por duelos históricos contra o eterno rival Joe Frazier (relembre no vídeo abaixo), que faleceu no fim do ano passado, e George Foreman, com quem protagonizou a ‘luta do século’ em 1974.

    Há uma luta, contudo, que Ali não consegue vencer. Ele resiste bravamente há anos, mas é inevitável: o Mal de Parkinson deve conseguir lhe nocautear. A doença não te cura, e Ali tem investido pesado em pesquisas com células-tronco que ainda não deram resultado.

    Elegância

    Dentro dos ringues, o norte-americano revolucionou o boxe, mostrando que é possível ser demolidor e elegante ao mesmo tempo dentro de um ringue. Com um fantástico jogo de pernas, Ali desnorteava os rivais só com sua velocidade, que lhe permitia escapar de qualquer golpe e atacar na hora certa. Num tempo em que o boxe está sendo claramente ofuscado por toda a pompa do MMA, ídolos como Ali fazem muita falta.

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