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Morre Marcelo "VIP", que enganou diversos famosos dizendo ser dono da GOL e ganhou filme sobre sua história

A morte de Marcelo VIP encerra a trajetória de uma das figuras mais controversas do noticiário policial brasileiro

Marcelo VIP (Foto: Reprodução)

247 - Morreu nesta terça-feira (data não informada) em Curitiba (PR) o palestrante e escritor Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido nacionalmente como Marcelo VIP. Ele tinha 49 anos e estava com cirrose. Ficou famoso em todo o país após protagonizar, em 2001, um dos golpes mais comentados do Brasil. 

 Na ocasião, durante uma festa em Recife (PE), Marcelo se passou por Henrique Constantino, um dos fundadores da Gol Linhas Aéreas, chegando a conceder entrevistas a programas de celebridades como se fosse o empresário. A encenação ganhou repercussão nacional e internacional pela ousadia.

Vida marcada por crimes e prisões
Ao longo dos anos, Marcelo Nascimento da Rocha acumulou condenações por associação ao tráfico, roubo de avião, estelionato e falsidade ideológica. Foi preso pelo menos 12 vezes e protagonizou seis fugas do sistema prisional brasileiro, tornando-se uma figura recorrente no noticiário policial.

Ele chegou a morar em Cuiabá (MT) e cumpriu parte de suas penas na Penitenciária Central do Estado (PCE). Foi nesse período que sua história ganhou uma nova dimensão ao se tornar inspiração para o cinema.

História que virou filme
As fraudes, identidades falsas e a vida marcada por fugas serviram de base para o filme “VIPs – Histórias reais de um mentiroso”, lançado em 2011 e estrelado por Wagner Moura. Durante as filmagens, Marcelo ainda estava preso na PCE, onde permaneceu por cerca de quatro anos. Em 2014, ele conseguiu progredir para o regime semiaberto, mas, pela falta de vagas, passou a cumprir a pena em casa, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.

Nova prisão e retorno ao crime
A tentativa de reconstrução da vida sofreu novo revés em 2018, quando Marcelo voltou a ser preso. Ele foi acusado de forjar documentos para obter nova progressão de regime, o que reacendeu a atenção da imprensa sobre sua trajetória marcada por reincidência criminal.

Tentativa de recomeço

Após deixar a prisão pela última vez, Marcelo Nascimento da Rocha tentou mudar de rumo. Passou a atuar como palestrante e escritor, relatando suas experiências em eventos e livros, nos quais abordava temas como escolhas, consequências e a vida no crime.

A morte de Marcelo VIP encerra a trajetória de uma das figuras mais controversas do noticiário policial brasileiro, cuja história transitou entre crimes de grande repercussão, fugas cinematográficas e tentativas públicas de reconstruir a própria imagem.