MP-MG vê risco em outra barragem da Samarco
Novas movimentações de terra na Barragem do Fundão, em Mariana, região central de Minas, geraram instabilidade nos diques de Sela e Tulipa, estruturas da Barragem de Germano, a maior dentre as barragens de rejeitos da mineradora Samarco na região; a informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (Nucam), do MP-MG; “Não podemos correr novos riscos de rompimentos”, alertou o promotor, mostrando-se preocupado com um vídeo gravado pela própria empresa que mostra quase 10 minutos da movimentação de 1 milhão de metros cúbicos de terra, água e lama; “Queremos medidas concretas, como o plano de emergência”
Minas 247 - Novas movimentações de terra na Barragem do Fundão, em Mariana, região central de Minas, registradas na quarta-feira (27), geraram instabilidade nos diques de Sela e Tulipa, estruturas da Barragem de Germano, a maior dentre as barragens de rejeitos da mineradora Samarco na região. A informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (Nucam), do Ministério Público de Minas Gerais.
“Não podemos correr novos riscos de rompimentos”, alertou o promotor, mostrando-se preocupado com um vídeo gravado pela própria empresa que mostra quase 10 minutos da movimentação de 1 milhão de metros cúbicos de terra, água e lama. “Queremos medidas concretas, como o plano de emergência”, exige o promotor, referindo-se às medidas para proteger a população dos arredores se houver rompimento de outras barragens.
De acordo com o MP-MG, a Samarco apresentou até agora apenas o Dam Brake, com a simulação de cinco cenários em caso de rupturas das diferentes barragens, sendo o pior deles o da Mina de Germano. “Recebemos o material nesta semana e ainda estamos analisando”, afirmou o coordenador do Nucam.
A mineradora tem dito que as estruturas das barragens de Germano e de Santarém, no mesmo complexo, permanecem estáveis, com base em contíguo monitoramento. Conforme o Estado de Minas, a empresa informou que as movimentações de terra já eram esperadas em consequência das últimas chuvas e que a barragem de Santarém tem recebido reforços. Na quinta-feira (28), o MP cobrou novos cálculos do nível de estabilidade de Sela.
O rompimento de barragem de Fundão despejou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de lama no meio ambiente. Segundo a mineradora, o montante é suficiente para encher 24 mil piscinas olímpicas (50 metros). Foram identificadas 17 pessoas que perderam a vida no desastre.
A onde de lama chegou ao litoral do Espírito Santo, a partir da foz do Rio Doce. Um laudo preliminar do Ibama, divulgado no começo de janeiro, apontou que a lama destruiu 663 quilômetros de rios e resultou na destruição de 1.469 hectares de vegetação.
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