MPE pede bloqueio de R$ 263 milhões de ex-gestores do Igeprev
Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com 10 ações civis públicas de ressarcimento ao erário, referentes a aplicações irregulares de recursos do fundo de previdência vinculado ao Igeprev; irregularidades e perdas definitivas para o Instituto somam até o momento R$ 263.648.310,47; são citados nas ações os ex-presidentes do Igeprev Gustavo Furtado Silbernagel (nove ações), Rogério Villas Boas Teixeira Carvalho (duas ações) e Lúcio Mascarenhas Martins (uma ação), além de Edson Santana de Matos, ex-superintendente de Gestão Administrativa do Instituto, que é réu nos dez processos
Tocantins 247 - O Ministério Público Estadual (MPE) ingressou, no último dia 18, com 10 ações civis públicas de ressarcimento ao erário, referentes a aplicações irregulares de recursos do fundo de previdência vinculado ao Igeprev. As irregularidades e perdas definitivas para o Instituto somam R$ 263.648.310,47.
São citados nas ações os ex-presidentes do Igeprev Gustavo Furtado Silbernagel (nove ações), Rogério Villas Boas Teixeira Carvalho (duas ações) e Lúcio Mascarenhas Martins (uma ação), além de Edson Santana de Matos, ex-superintendente de Gestão Administrativa do Instituto, que é réu nos dez processos.
Segundo o MPE, cada ação ajuizada pelo promotor de Justiça Miguel Batista de Siqueira Filho refere-se a uma aplicação diferente. Segundo consta nas ações, todas as 10 aplicações foram realizadas fora dos padrões estabelecidos em resolução conjunta do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, segundo a qual os investimentos feitos pelas previdências não podem ultrapassar 25% do patrimônio líquido do fundo destinatário das aplicações. Em diversos casos, o Igeprev era o único cotista dos fundos, com 100% de seu patrimônio líquido.
Ainda de acordo com o MPE, também é comum nas ações de ressarcimento a alegação de que as aplicações foram realizadas sem o credenciamento da instituição financeira (contrariando a Resolução no 3.922/2010/Igeprev), sem processo de avaliação prévia de riscos e sem o acompanhamento posterior dos ativos adquiridos.
Em agosto de 2014, a Secretaria Estadual da Segurança Pública encaminhou o relatório conclusivo da sindicância administrativa nº 01/2015, apontando diversas irregularidades nos fundos, que causaram o prejuízo de R$ 1.176.842.671,64, aplicado em fundos sem liquidez e solidez.
As 10 ações pedem o ressarcimento de dano ao erário. As investigações na esfera da improbidade administrativa e criminal seguem paralelamente, inclusive podendo responsabilizar outras pessoas, além dos já denunciados.
FUNDO |
APORTES |
SALDO DEZ/2014 |
PERDAS |
VITÓRIA RÉGIA FI RF LP |
R$ 30.000.000,00 |
R$ 20.611.610,17 |
R$ 11.628.687,68 |
ADINVEST TO FI RF |
R$ 22.370.000,00 |
R$ 8.915.164,63 |
R$ 3.460.755,97 |
ROMA FI RF PREVIDENCIÁRIO |
R$ 49.570.000,00 |
- |
R$ 14.725.168,43 |
FI RF ELO/IPIRANGA |
R$ 66.660.000,00 |
R$ 49.783.249,86 |
R$ 14.964.689,11 |
FI DIFERENCIAL RF LONGO PRAZO |
R$ 136.000.000,00 |
- |
R$ 64.786.398,65 |
TOTEM FI RF II |
R$ 4.000.000,00 |
R$ 4.322.727,30 |
R$ 201.063,48 |
PATRIARCA PRIVATE EQUITY FIP |
R$ 59.292.772,05 |
R$ 1.595.117,82 |
R$ 56.793.133,34 |
FIDC TRENBANKMULTISETORIAL |
R$ 79.999.998,00 |
R$ 2.753.087,58 |
R$ 81.611.231,10 |
VIAJA BRASIL PRIVATE EQUITY FIP |
R$ 13.000.000,00 |
R$ 107.444,45 |
R$ 12.599.593,59 |
OBOÉ CLÁSSICO FIDC |
R$ 4.000.000,00 |
- |
R$ 2.877.589,13 |
TOTAL |
R$ 464.892.770,05 |
R$ 88.088.401,81 |
R$ 263.648.310,47 |
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