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Mulheres convocam 2º ato contra Bolsonaro em SP

Mulheres irão às ruas da cidade de São Paulo pela segunda vez manifestar repúdio a crescente ameaça fascista no Brasil, no próximo sábado (6); o primeiro grande ato #EleNão levou mais de ​500 mil pessoas às ruas da capital paulista, saindo do Largo da Batata e terminando na Avenida Paulista

Mulheres convocam 2º ato contra Bolsonaro em SP (Foto: Dir.: Valter Campanato - ABR)
Gisele Federicce avatar
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SP 247 - Mulheres irão às ruas da cidade de São Paulo pela segunda vez manifestar repúdio a crescente ameaça fascista no Brasil, no próximo sábado (6). O ato, ​convocado através de redes sociais​, é organizado coletivamente por mulheres de diversas orientações políticas e diferentes formas de organização. Com concentração marcada para às 15h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), o ato já conta com quase 200 mil pessoas interessadas ou que sinalizaram que compareceram no evento. No último sábado (29), o primeiro grande ato #EleNão levou mais de ​500 mil pessoas às ruas da capital paulista, saindo do Largo da Batata e terminando na Avenida Paulista.

O objetivo da manifestação no dia 6 é, mais uma vez, denunciar a violência fascista que tem emergido das multidões na eleição de 2018 e reafirmar a luta e resistência das mulheres, em sua imensa pluralidade, a toda expressão de machismo, racismo, intolerância às diferenças e discursos de ódio contra minorias sociais. No manifesto divulgado, o grupo organizador elenca 5 principais razões pelas quais estão convocando mulheres e homens às ruas contra o fascismo, destacando que as recentes expressões de violência e intolerância ameaçam "nossas conquistas e nossa já difícil existência" e reitera o compromisso das mulheres na luta antifascista.

"Não queremos ditadura ou fascismo nem a ampliação da matança policial-militar nas ruas, responsável pelo genocídio da juventude negra. Queremos liberdade, igualdade, justiça social e direitos!", defende o manifesto.

Em resposta às acusações de que o ato das mulheres no último sábado foi responsável pelo crescimento de um candidato fascista na pesquisa eleitoral, a organização da mobilização deixa claro seu repúdio em relação a mais um tentativa de desqualificação do que foi a maior manifestação organizada por mulheres da história do Brasil.

Existem várias justificativas que podem explicar a ascensão desse aumento em pesquisas, para citar algumas: os interesses dos próprios institutos de pesquisa no resultado eleitoral, o apoio da maior igreja evangélica do país, o imenso sentimento antipetista generalizado em todo país e a disseminação de fake news, maior frente de campanha do candidato em questão. Escolher culpabilizar a primavera feminista pela ascensão do fascismo é mais um expressão do machismo da sociedade brasileira.

Bolsonaro já manifestou posições misóginas e fascistas, como "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". A declaração foi concedida em palestra na Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril do ano passado.

Em 2014, o parlamentar disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após a parlamentar defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).

O presidenciável também defende abertamente a pena de morte, manifestou posição contra direitos humanos nos presídios, e é a favor do porte de armas para a população.

Serviço:

2º grande ato das mulheres contra o fascismo #EleNão Data:​ 6 de outubro de 2018 (sábado)

Local:​ Concentração no vão livre do MASP, a partir das 15h Endereço: ​Av. Paulista, 1578 - Bela Vista, São Paulo - SP

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