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Municipários protestam em frente à prefeitura

O primeiro dia de greve dos municipários de Porto Alegre começou com protesto em frente à Prefeitura; os trabalhadores, que decidiram paralisar as atividades reivindicam reajuste de 20%, o fim das terceirizações, vale-alimentação de R$ 23 e isonomia salarial entre as secretarias. A prefeitura oferece um aumento de 6,28%, referente à reposição da inflação, sem parcelamento

O primeiro dia de greve dos municipários de Porto Alegre começou com protesto em frente à Prefeitura; os trabalhadores, que decidiram paralisar as atividades reivindicam reajuste de 20%, o fim das terceirizações, vale-alimentação de R$ 23 e isonomia salarial entre as secretarias. A prefeitura oferece um aumento de 6,28%, referente à reposição da inflação, sem parcelamento (Foto: Leonardo Lucena)
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Débora Fogliatto, Sul 21O primeiro dia de greve dos municipários de Porto Alegre começou com protesto em frente à Prefeitura. Os trabalhadores, que decidiram paralisar as atividades na quinta-feira (29), reivindicam reajuste de 20%, o fim das terceirizações, vale-alimentação de R$ 23 e isonomia salarial entre as secretarias. A prefeitura oferece um aumento de 6,28%, referente à reposição da inflação, sem parcelamento.

Servidores de diversas secretarias e departamentos compareceram ao Paço Municipal,a partir das 10h desta segunda-feira (2), em mobilização que reuniu mais de mil pessoas, segundo a Guarda Municipal e a direção do Sindicato dos Municipários (Simpa). A direção do Sindicato reuniu-se com a Comissão de Política Salarial, que a presentou formalmente com a proposta de reajuste. De acordo com os servidores, há também paralisações sendo realizadas em pontos específicos.

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Prefeitura afirma que há pouca adesão

Segundo informações da Secretaria da Saúde, há pouca adesão à greve no setor, com a maioria dos postos de saúde funcionando pelo menos de forma parcial. Já nas escolas, a Secretaria de Educação informa que parte dos alunos da rede municipal estão sem aulas. O prefeito José Fortunati (PDT), em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, garantiu que o ponto dos grevistas será cortado, assim como as Funções Gratificadas (FGs) de coordenadores que aderirem ao movimento. De acordo com o levantamento das secretarias, nenhum serviço essencial foi interrompido e quase todos os órgãos da administração municipal funcionam normalmente.

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Fortunati também disse que nesta manhã foi feita a formalização da proposta negociada verbalmente na semana passada, já rejeitada pela assembleia de quinta-feira passada. "Enquanto os servidores discutem se aceitam nossa proposta, nós continuaremos fazendo tudo para que os serviços públicos não sejam suspensos e para garantir o atendimento à população, especialmente aos que mais precisam desses serviços de saúde, educação e assistência social", disse.

Assistência Social

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Uma das secretarias presente em peso na paralisação era a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), que lida com a população em situação de rua na cidade. Eles denunciam que houve crescimento das demandas do setor sem o aumento do número de trabalhadores, o que gera terceirização. “Não houve a criação de condições efetivas, a precarização é desumana”, afirmou Leila Thomassim, da direção do Simpa. Ela explicou que a Fasc é um dos setores mais desvalorizados da prefeitura e não foi contemplada com gratificações específicas.

Os servidores da Fasc lembram que trabalham diariamente assistindo casos de violações de direitos humanos e lidam com populações vulneráveis e mesmo assim não se consideram valorizados. “Existe ainda a questão da insalubridade. Alguns servidores já pegaram tuberculose, porque lidam diretamente com a população de rua, mais suscetível a essa doença, por exemplo”, explicou Leila.

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Eles estão junto às outras secretarias na demanda contra a terceirização e a precarização, além da isonomia salarial. O Simpa afirma que algumas secretarias recebem privilégios em relação a outras, com mais gratificações, o que divide a categoria. Os municipários também denunciam que o governo tentou jogar a categoria contra a direção do sindicato e ameaça cortar o ponto dos trabalhadores em greve. “A greve é nosso último instrumento, mas não deixa de ser legítima. Entregamos nossa pauta para o prefeito no início de abril.  Quase dois meses depois ele se preocupa conosco”, disse Carmen Padilha, diretora de comunicação e ex-diretora-geral do Simpa.

Saúde

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Os trabalhadores reivindicam que os servidores da saúde, que realizaram três dias de paralisações em 2014, estão sendo descontados sem negociação. “Queremos negociar esses dias, porque levamos falta sem o Fortunati e o Casartelli terem conversado conosco”, explicou Fabiana Sanguiné, da direção do Simpa e servidora do Hospital Materno Presidente Vargas (HPV).

As pautas específicas da saúde incluem 40% de insalubridade e a regularização do número de plantões. Eles pedem que sejam realizados doze plantões por semana, pois atualmente os plantonistas não têm sua carga horária regularizada. No HPV, Fabiana relata que a falta de trabalhadores é gritante. “A pediatria está completamente fechada por falta de servidores, porque a prefeitura não chama os que já foram aprovados em concursos”, lamenta.

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Guarda Municipal

Enquanto alguns servidores da Guarda Municipal trabalhavam durante o protesto, outros aderiram ao movimento junto aos demais municipários. Entre as pautas específicas da categoria, está a aposentadoria especial e o aumento de 2.22 básicos de risco de vida, além da unificação das guardas municipais e gestão democrática dentro da Guarda Municipal. “Hoje mesmo tem guardas trabalhando, mas que estão sensíveis à paralisação. Nós seguimos a obrigação de ter 30% da categoria trabalhando”, explicou Ana Bombassaro, representante da categoria na direção do Simpa.

Os guardas não são considerados policiais por não terem poder de polícia administrativa, mudança que também é defendida pelos servidores. Segundo Ana, os guardas são a favor da aprovação do Projeto de Lei 1332, que tramita no Congresso Nacional e regulamenta as guardas municipais do país, e da PEC 51, que trata da desmilitarização e unificação das polícias, o que inclui as guardas, que atuariam como polícias comunitárias.

Por volta das 11h, um ônibus com servidores do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) se uniu à mobilização, após ter bloqueado a saída de caminhões nas sedes de seus departamentos. O Conselho Tutelar também aderiu à greve em todas as regiões. A paralisação segue por tempo indeterminado até pelo menos quinta-feira (5), quando os servidores realizam outra assembleia.

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