Municípios do Sertão voltam a ficar sem água
Após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) informar que a captação de água na estação de Xingó, no Rio São Francisco, poderia colocar em risco a saúde de consumidores, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) decidiu suspender o abastecimento nos municípios de Delmiro Gouveia e Pariconha, no sertão do estado; outros municípios também foram afetados, mas apenas parcialmente; decisão foi tomada após testes feitos no Rio apontarem a presença de algas verdes
Alagoas247 - Após ser informada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) de que a captação de água na estação de Xingó, no Rio São Francisco, poderia colocar em risco a saúde de consumidores, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) decidiu, nesta sexta-feira (22), suspender o abastecimento nos municípios de Delmiro Gouveia e Pariconha.
A suspensão também afetou, parcialmente, o abastecimento nas cidades de Piranhas, Olho d’água do Casado, Mata Grande, Canapi e Inhapi. Não há previsão para a normalização do fornecimento d'água nessas regiões.
De acordo com a assessoria da Casal, a pedido do Ibama, técnicos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) fizeram testes no Rio São Francisco e, conforme a empresa, os resultados apontaram a presença de cyanobactérias - também conhecidas como algas verdes - no lago formado pela represa de Xingó, onde a companhia possui duas captações para o abastecimento dos municípios integrantes do sistema coletivo no Sertão.
O laudo apresentado pelo Ibama identificou a presença, em quantidade superior à permitida, das algas da espécie cylindrospermopsis raciborskii. Segundo o levantamento, foram encontradas 407.880 células por mililitro, ultrapassando em muito a densidade de 20 mil células por mililitro.
A Casal, no entanto, não indicou se a presença das cyanobactérias tem a ver com a mancha escura que se espalha pelo Rio São Francsico. Há dois meses, o rio vem sofrendo com o surgimento da tal mancha, que se espalhou por vários quilômetros. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) foi apontada como a responsável, tendo sido multada no valor de R$ 650 mil.
Em reunião de emergência, a direção da Casal também deliberou que, de posse das novas análises, apenas decidirá pela retomada do abastecimento após submetê-las à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).
Segundo o diretor de Monitoramento e Fiscalização do IMA, Ermi Ferrari, as evidências técnicas indicam que o esvaziamento de um reservatório da Usina de Paulo Afonso, feito pela Chesf, seria a única operação que poderia ter causado um problema como o registrado no São Francisco.
Com gazetaweb.com
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