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Na reforma, Dilma enquadra partidos

Mesmo em ano de eleio, presidente no parece disposta a agradar aliados; PSB, de Eduardo Campos,estava de olho na Cincia e Tecnologia, que ficou com tcnico; se tivesse entregado a Pasta a Marta Suplicy, do PT, de Rui Falco, Dilma facilitaria a vida de Haddad em So Paulo; assim, longe da poltica, ser que ela no liga para reeleio?

Na reforma, Dilma enquadra partidos (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
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247 – A presidente Dilma Rousseff agendou sua primeira reforma ministerial exatamente para o início de um ano de eleições municipais. Era de se esperar, portanto, que os partidos aliados do governo contassem com alguns agrados na troca de comando nos Ministérios. Mas, assim como fez em algumas das sete vezes em que teve de trocar ministros em 2011, Dilma reservou-se ao direito de não levar nenhum partido em conta ao escolher Marco Antônio Raupp para o Ministério da Ciência e Tecnologia, muito menos o PT.

O PSB aspirava retomar o controle da Pasta – um dia ocupada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos –, e chegou a se cogitar que o Palácio do Planalto entregaria o Ministério a Ciro Gomes, numa tentativa de balancear o poder dentro do PSB, comandando pelo cada vez mais presidenciável Eduardo Campos. A outra alternativa política de Dilma seria entregar a Ciência e Tecnologia à senador Marta Suplicy (PT-SP), num prêmio de consolação pela desistência da candidata até então favorita, pelo PT, à prefeitura de São Paulo, em favor de Fernando Haddad.

Nada disso, contudo, ocorreu. A exemplo do que Dilma fez quando optou por Gleisi Hoffmann para substituir Antonio Palocci, na Casa Civil, e por Paulo Sérgio Passos para o lugar de Alfredo Nascimento, nos Transportes, o partido “dono” da Pasta – no caso, o PT – não foi consultado, o que não pegou bem com o presidente nacional petista, Rui Falcão. O PDT também corre o risco de ficar sem o Ministério do Trabalho após a saída de Carlos Lupi.

Nessas decisões, Dilma mostra de forma eloquente que o governo é dela e indica que faz as mudanças por conta e risco, sem levar em conta os interesses eleitorais dos partidos aliados. Posição corajosa, mas, também, de quem não parece ligar muito para reeleição, já que um segundo mandato dependeria pelo menos da manutenção das alianças que a levaram ao Palácio do Planalto em 2010. Será Dilma uma presidente de um mandato só?

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