TV 247 logo
      HOME > Geral

      No dia do servidor público, lideranças lamentam

      O Dia do Servidor Público em Alagoas, comemorado nesta terça-feira (27), tem sido de lamentação para os líderes sindicais; eles reclamam que melhorias salariais e estruturantes não foram conseguidas nos oito anos de governo do tucano Teotonio Vilela (PSDB)

      O Dia do Servidor Público em Alagoas, comemorado nesta terça-feira (27), tem sido de lamentação para os líderes sindicais; eles reclamam que melhorias salariais e estruturantes não foram conseguidas nos oito anos de governo do tucano Teotonio Vilela (PSDB) (Foto: Voney Malta)
      Voney Malta avatar
      Conteúdo postado por:

      Alagoas247 - Comemorado nesta terça-feira (28), o Dia do Servidor Público não é bem visto pelos sindicatos que representam diversas categorias em Alagoas. Segundo as lideranças, as várias mobilizações por melhorias salariais e estruturantes não surtiram efeito. Saúde, Educação e Segurança não avançaram e representantes dessas áreas lamentam as poucas conquistas nos oito anos da gestão de Teotonio Vilela Filho (PSDB).

      Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, não há o que se comemorar quando se fala em reajuste salarial, Plano de Cargos e Carreiras (PCC) de professores e servidores administrativos, e às escolas das redes públicas estadual e municipal. Falta de diálogo e mudança de secretariado provocaram paralisações e greves ao longo da gestão tucana, na avaliação dela.

      "Só conseguimos pequenos avanços a partir do ano passado, em alguns itens do Plano de Cargos. Porém, nada mais conseguimos, apesar das mobilizações pelas ruas da capital e do interior do estado. O sindicato não conseguiu melhorar a estrutura física das escolas e permanece a carência de cerca de dois mil profissionais da rede estadual e mil funcionários administrativos, sem falar no nosso piso salarial, cujas conquistas obtivemos este ano e ainda mais com reajuste parcelado", relatou a sindicalista.

      Polícia sem atenção

      O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL) também lamenta a falta de atenção do governo de Vilela. O único pleito conquistado pela categoria foi o PCC e o ticket-alimentação em abril deste ano, após reviravoltas e mobilizações com a consequente aprovação do projeto na Assembleia Legislativa (ALE). Para o presidente, Josimar Melo, a operação padrão motivou a conquista.

      "Apesar disso, sentimos falta de um canal de negociação mais aberto, até para tratarmos da situação das delegacias, com a precariedade e as fugas constantes, além da morte de nossos companheiros, como o policial civil Dael Rebelo, em pleno exercício da profissão. Vamos tentar um diálogo mais próximo com o governador Renan Filho", comentou Josimar Melo.

      A reportagem também conversou com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Alagoas (ACS/AL), cabo Wellington Silva, que comemorou a aprovação da Lei de Promoções de soldado a coronel da Polícia Militar (PM), e a verba anual de R$ 800 para custear uniformes, além de verbas de alimentação para os policiais que trabalham 12 horas e 24 horas.

      "Vilela fez um acordo de reajuste salarial de vinte por cento, sendo cinco em janeiro e quinze em abril do próximo ano, deixando para o próximo governador resolver. Também não tem sido colocado em prática o serviço voluntário, com os policiais recebendo dinheiro com trabalhos durante a folga", disse o militar, acrescentando a precariedade nos batalhões e viaturas e a carência de 6 mil policiais em Alagoas.

      Peritos sem estrutura

      Paralisações e greves também mobilizaram médicos legistas, odontolegistas, peritos criminais, técnicos forenses e papiloscopistas, profissionais que compõem a Perícia Oficial do estado. De acordo com Paulo Rogério Ferreira, presidente da Associação Alagoana de Peritos em Criminalística (AAPP), a categoria "evoluiu timidamente", com um efetivo passando de 35 para 49 peritos criminais, que não seria o suficiente para atender a demanda.

      "No último concurso, pedimos trezentos vagas em todas as áreas da Perícia, mas o governador só ofereceu quarenta. Sobre a questão financeira, melhoramos em cinquenta por cento e sobre a estrutura do órgão, esperamos, até hoje, a conclusão da reforma do complexo da perícia no Tabuleiro do Martins. Entretanto, a obra está parada e sem previsão para retomada", ressaltou o presidente.

      Médicos com poucas conquistas

      Já o Sindicato dos Médicos (Sinmed) é um dos que mais sofre com a falta de assistência, na visão do presidente, Wellington Galvão. Conforme expôs o sindicalista, a única conquista dos médicos foi uma gratificação de cerca de 40% incorporada aos salários, graças ao apoio dos senadores Fernando Collor de Mello (PTB/AL) e Renan Calheiros (PMDB/AL).

      "Há onze anos, não temos concurso. Com isso, a Unidade de Emergência do Agreste [UEA] e o Hospital Geral do Estado [HGE] contam com sessenta por cento de prestadores de serviço. Apesar de duas grandes graves em 2007 e 2012, quase nada avançou", lamenta.
      Com gazetaweb.com

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: