Nova polêmica em torno do Acquario Ceará
Cercado de polêmica desde o início da discussão, em 2008, o Acquario Ceará tem a obra paralisada mais uma vez. O atual secretário de turismo do Governo do Estado, Arialdo Pinho, justificou que a paralisação é para que seja feita uma auditoria da situação da obra e do contrato com a ICM, empresa contratada para a segunda parte da obra que incluí os equipamentos que caracterizarão o Acquario. A polêmica não deve se encerrar com essa paralisação. Ao contrário, deverá se complicar ainda mais. Se a obra for concluída, ainda muito dinheiro terá de ser investido. Se for cancelada, muito dinheiro terá sido perdido. E o resultado de tudo isso continua uma incógnita
Ceará 247 - O Diário Oficial do Estado publicou, no último dia 13, sexta-feira passada, a suspensão das obras do Acquario Ceará, para análise de requerimentos feitos pela empresa International Concept Management – ICM, contratada para a segunda etapa da obra. A determinação foi do atual Secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho.
Desde o lançamento, a ideia de construir o Acquario Ceará vem gerando polêmica, com argumentos contra e favor. O setor turístico sempre defendeu a construção da obra sob o argumento do substancial aumento do fluxo turístico na capital que o equipamento traria. Em julho do ano passado, o presidente da ABIH-Ce (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Ceará), Darlan Leite, dizia que a rede hoteleira deveria ser largamente ampliada. “Estamos falando de, em média, 100 mil turistas a mais por mês. Hoje, temos 16 mil leitos filiados à ABIH. Assim, é preciso construir mais". O então secretário de turismo do governo Cid Gomes, Birmarck Maia, dizia, em 2014, que o Acquario poderia injetar até R$ 200 milhões na economia cearense anualmente.
Por outro lado, setores organizados da sociedade civil, organizados em torno do movimento "Quem Dera Ser um Peixe", Ministério Público e a pequena oposição na Assembleia Legislativa, comandada à época, pelos deputados Heitor Ferrer e Eliane Novaes, questionavam o investimento então previsto, de R$ 250 milhões de reais, em um Estado "pobre e enfrentando mais um ano de seca" e possibilidade da geração de graves problemas ambientais.
O aquário, localizado na Praia de Iracema, um dos mais mais movimentados pontos turísticos de Fortaleza, deverá ter 21,5 mil metros quadrados de área construída, com 38 tanques com capacidade total de 15 milhões de litros d'água para abrigar 500 diferentes espécies de animais. Segundo justificava o Governo Cid Gomes, além de equipamento turístico o Acquario seria também um laboratório.
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