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Número de médicos em Sergipe está abaixo da média nacional

Sergipe tem mais de 3 mil médicos em atividade, mas está abaixo da média nacional, ocupando o 22º lugar em números absolutos de médicos registrados em todo o país e o 13º em termos proporcionais; para os conselhos de Medicina, o Brasil é um país marcado pela desigualdade no que se refere à concentração de médicos. A população médica brasileira, apesar de apresentar uma curva constante de crescimento, permanece mal distribuída pelo território nacional

Número de médicos em Sergipe está abaixo da média nacional
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Sergipe 247 - Enquanto Aracaju tem 4,95 médicos para mil habitantes, essa equivalência no interior de Sergipe cai para 0,09/1.000. Os dados compõem estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), intitulado Demografia Médica no Brasil. O levantamento foi apresentado durante almoço da Sociedade Médica de Sergipe (Somese) nesta quinta-feira, 28, pelo presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado, Júlio Seabra.

Em números absolutos, Sergipe possui 1,42 médicos para cada grupo de mil habitantes, abaixo da médica nacional, que é de 2/1.000. De acordo com o levantamento feito, Sergipe tem mais de 3 mil médicos em atividade, mas está abaixo da média nacional, ocupando o 22º lugar em números absolutos de médicos registrados em todo o país e o 13º em termos proporcionais. Cerca de 95% destes profissionais se concentram na capital e 74,1% deles atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente são 4.364 médicos, sendo 3.078 ativos e 1.286 inativos.

Para os conselhos de Medicina, o Brasil é um país marcado pela desigualdade no que se refere à concentração de médicos. A população médica brasileira, apesar de apresentar uma curva constante de crescimento, permanece mal distribuída pelo território nacional. Embora cerca de 48,66 milhões de brasileiros tenham acesso a planos de assistência médico-hospitalar, o SUS atende constitucionalmente toda a população, inclusive nas ações de promoção, vigilância, assistência farmacêutica, urgência, emergência e alta complexidade.

Nos dados de médicos do SUS, o estudo Demografia Médica faz ressalvas: há falhas na alimentação das bases e médicos em regimes de plantão e terceirizados podem não constar do cadastro nacional, subestimando o número de profissionais que trabalham no SUS. Além disso, a unidade “médico do SUS” é complexa, pois existem diferenciais de especialidade, produtividade, idade, gênero, número de vínculos e carga horária dedicada ao serviço. Para um sistema de saúde público e universal pode-se dizer que é insuficiente a presença de médicos no SUS, aponta o levantamento.

A reversão desse quadro, no entendimento dos conselhos de medicina, passa pela adoção urgente de medidas estruturantes na assistência em saúde. Entre elas, constam a necessidade de adoção de políticas de valorização dos profissionais de saúde, o fim da precarização dos vínculos empregatícios e a implementação de planos de carreira, cargos e vencimentos. Além delas, as entidades defendem o aumento do investimento público no setor e a criação de uma infraestrutura que garanta instalações, equipamentos e insumos para o exercício da Medicina.

Outra proposta defendida pelo CFM prevê a criação de uma carreira de médico no âmbito do SUS como forma de estimular a fixação dos profissionais nas áreas consideradas de difícil provimento. “As áreas que apresentam melhores condições de atração de médicos e demais profissionais também são as que possuem vantagens de infraestrutura, estabelecimentos de saúde, maior financiamento público e privado, melhores condições de trabalho, remuneração, carreira e qualidade de vida”, ressalta o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, um dos idealizadores da proposta de carreira de estado para o médico do SUS.

Com informações da Somese e do Cremese

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