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Número de refugiados em São Paulo cai pela metade devido à crise econômica

Crise econômica corta pela metade o fluxo de refugiados para o país; segundo dados divulgados pela Missão Paz, entidade que acolhe refugiados na capital paulista, Chile e Uruguai apresentam perspectivas mais promissoras para quem deseja tentar a vida fora dos seus países de origem

Refugiados (Foto: Charles Nisz)
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Da Agência Brasil

O número de refugiados atendidos pela Missão Paz, referência na capital paulista em atendimento a pessoas nessa situação, reduziu pela metade. Segundo dados divulgados hoje (20), Dia Mundial do Refugiado, 1.976 refugiados entraram na cidade no primeiro semestre deste ano, contra 4.032 no mesmo período do ano passado.

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Para o padre Paolo Parisi, da Paróquia Nossa Senhora da Paz, as notícias sobre a atual situação econômica do Brasil se disseminaram e os refugiados acabaram optando por outros destinos. “Em nível mundial, a migração e o fluxo de refugiados não diminuíram, só mudaram os destinos, por causa das oportunidades que se apresentam. Por exemplo, o Chile está apresentando as melhores oportunidades na América Latina. Também para o Uruguai o fluxo aumentou”, disse.

As principais nacionalidades que buscaram o serviço de atendimento a refugiados este ano foram haitianos (1.149), bolivianos (144), peruanos (130), angolanos (124) e colombianos (63). Além de hospedagem, a missão oferece ajuda para a regularização da documentação, atendimentos psicólogo e médico, e encaminhamento para o trabalho e cursos profissionalizantes.

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Queda de haitianos

O número de haitianos atendidos na Missão Paz também reduziu pela metade. Passou de 2.550 no primeiro semestre de 2016 para 1.149 no mesmo período este ano. Segundo o padre, estima-se que metade das pessoas vindas do Haiti decidiram deixar o país e tentar a vida em países com melhores condições econômicas, como os Estados Unidos.

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“Colegas da Missão Paz na fronteira de Tijuana, no México, disseram que receberam 20 mil haitianos vindos do Brasil, tentando entrar nos Estados Unidos. Ninguém sabe ao certo quantos saíram [do Brasil], mas, pelo menos, metade não está mais aqui”, disse Parisi.

Perseguição sexual

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Em São Paulo há um mês, a chilena Carolina Rodrigues, de 35 anos, foge de perseguição sexual em seu país. Nascida em Valparaíso, a chilena conta que sofreu ameaças de hackers pela internet e pelo telefone. “Eles queriam fazer contato físico. E algumas pessoas ainda fizeram magia negra”, disse.

Abalada, a chilena disse que não quer voltar para o Chile, quer buscar seu filho de 16 anos e recomeçar a vida no Brasil. “Tenho muitas saudades do meu filho, gostaria de tê-lo aqui. Vou procurar emprego. Antes eu trabalhava como autônoma, fazendo alimentos naturais, costura”, disse.

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A refugiada agradeceu o tratamento dado a ela desde que chegou ao país. “Eles (Missão Paz) têm muito amor, aqui ninguém passa fome, sou muito bem tratada. Fui bem recebida, eles me receberam bem. Tem alimentos, banho, cama, médico, lugar para encontrar emprego, fazer a documentação”, disse Carolina.

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