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O algoritmo dos carecas. Descobertas as razões genéticas da calvície

A análise do DNA de mais de 52 mil homens possibilitou a identificação de 287 regiões genéticas implicadas na calvície. E confirmou: o gene que faz os homens perder seus cabelos vem da mãe

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Por: Le Figaro Santé

 

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Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, analisaram o genoma de mais de 52 mil homens, com ou sem calvície. Essa análise genética, apresentada como uma das mais amplas jamais efetuada a respeito das causas da calvície, permitiu a descoberta de 287 grupos de genes implicados na estrutura dos cabelos e no seu desenvolvimento. Até agora, apenas uns poucos genes já tinham sido identificados por seu papel na alopecia.

“Identificamos centenas de novos sinais genéticos, dos quais um grande numero ligados à calvície masculina, que provêm do cromossomo X que os homens herdam de suas mães”, escrevem os autores do estudo, publicado no dia 14 de fevereiro na revista científica Plos Genetics.

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A partir dessa descoberta, os pesquisadores desenvolveram um algoritmo para tentar antecipar os riscos de um homem se tornar calvo, em função da presença ou da ausência de certos marcadores genéticos.

Embora os diagnósticos individuais precisos ainda estejam fora do nosso alcance, esses resultados podem contribuir para identificar subgrupos da população nos quais o risco de perda dos cabelos é claramente mais elevado. Tais mutações genéticas poderiam permitir a previsão dos riscos de calvície.

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A monocelha da pintora mexicana Frida Kahlo, neste autoretrato.

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OS MISTÉRIOS GENÉTICOS DOS NOSSOS PELOS


Por: Soline Roy – Le FigaroSanté

 

Sobrancelhas espessas, barbas ralas, cabelos ondulados: nossos pelos estão inscritos nos nossos genes. Pesquisadores se interessam pelos mecanismos que se escondem por trás da pilosidade humana

 

Termorregulação, camuflagem, funções sensoriais ou sociais: nossos pelos e cabelos são responsáveis por várias dessas funções. Mas se o homem perdeu a maior parte dos seus pelos ao longo da evolução, ele é sem dúvida o animal que, desse ponto de vista, apresenta a maior diversidade no seio de uma mesma espécie. Os geneticistas não param de decifrar os segredos da nossa pilosidade.

Recente estudo publicado por uma equipe internacional de cientistas na revista Nature Communications se debruçou sobre os genes de mais de 6 mil habitantes da América Latina para identificar as variações genéticas que constituem a origem das características dos cabelos e da pilosidade facial. Nas suas conclusões, eles apontam 10 associações até agora desconhecidas. Entre elas, uma nova variante (já se conheciam algumas outras) que influencia a textura do cabelo (de liso a crespo, passando por cachos e ondulações) ou sua ausência. Mas, sobretudo, os pesquisadores conseguiram pela primeira vez identificar os elementos que estão na origem do branqueamento dos cabelos, da monocelha (quando as sobrancelhas se unem formando uma linha uniforme) e da barba rala e esparsa.

A monocelha de Frida Kahlo

O estudo de uma população sulamericana (6357 indivíduos, dos quais 2922 homens) foi muito esclarecedor, pois seus ancestrais constituem uma mistura de europeus, africanos e nativos do próprio continente americano.

Entre os genes recém identificados, IRF4 e FAX3 estariam na origem, o primeiro do branqueamento dos cabelos, o outro da monocelha que podemos ver no rosto de alguns personagens célebres como era o caso da pintora Frida Kahlo. Já se sabia que o IRF4 influencia a produção de melanina, e disso vem a cor dos cabelos, e que uma das suas variantes, o alelo T (presente essencialmente nos europeus), era responsável pelos cabelos loiros. Os autores mostram agora que esse alelo também está associado a uma alta do branqueamento capilar, provavelmente por causa de uma disfunção das células-tronco dos melanócitos no folículo capilar.

“A elucidação da arquitetura genética das variações normais das características capilares possui implicações que escapam às biociências básicas”, concluem os pesquisadores. Eles sugerem duas pistas para que sua descoberta frutifique. A primeira delas objetiva nos tornar mais belos e jovens durante mais tempo; a segunda, estimular a indústria dos cosméticos para que invista na pesquisa que levará à correção desse alelo T, mais do que nos vender tinturas para os cabelos.

À parte os interesses cosméticos, tais informações poderiam servir também à medicina legal. O que poderia responder melhor a esse sonho policial: não ter mais necessidade de se fiar na memória muitas vezes vacilante das testemunhas para produzir “retratos” dos suspeitos a partir de um simples fragmento de DNA?

 

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