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O brilho das pequenas

Fundos small caps lideram rentabilidade no ano, e aes dessas empresas ganham mais visibilidade na Bolsa

O brilho das pequenas (Foto: Shutterstock)
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Luciane Macedo _247 - Os fundos de ações small caps, que investem a maioria do seu capital em papéis de pequenas e médias empresas negociadas na Bolsa, acumulam, nos três primeiros meses do ano, a melhor rentabilidade entre os fundos de investimento. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os fundos de ações small caps renderam 14,55% até março, retorno superior aos fundos de ações Ibovespa Ativo (11,70%), aos fundos de ações livre (11,38%) e ao próprio Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que acumula alta de 13,67% no período.

"A rentabilidade é um movimento natural do mercado, uma das características das small caps é que, por serem empresas de menor liquidez, os movimentos tendem a ser mais intensos, tanto para cima, quanto para baixo, a famosa volatilidade", explica André Massaro, educador financeiro da MoneyFit.

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"As small caps estão indo bem porque você tem large caps que não estão subindo e grandes bancos com grande participação no índice que estão no zero a zero ou no negativo", avalia André Paes, diretor de Estratégias e Produtos e gestor de Renda Variável da Infinity Asset Management. "Esse bom desempenho no primeiro trimestre pode mudar a partir de abril, mas as small caps sempre podem compor uma boa estratégia de investimentos desde que haja diversificação, seja para investir diretamente na Bolsa ou através de fundos", complementa o gestor da Infinity.

Ao contrário das empresas que compõem o Ibovespa, mais conhecidas dos investidores e mais negociadas no pregão, as ações das small caps são bem menos conhecidas, mas nem por isso deixam de ser boas fontes de potenciais ganhos. O problema é saber detectá-los, algo bem mais difícil ao investidor pessoa física do que para os gestores de fundos. "As empresas menores são as que têm mais espaço para crescer, por isso são boas para garimpar oportunidades, mas a questão é acertar qual vai crescer, identificar essas oportunidades não é tão fácil", diz Massaro.

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Além da baixa liquidez, que geralmente amedronta a maioria dos pequenos investidores em Bolsa, outra dificuldades está na própria visibilidade das small caps, algo que deve mudar graças a uma parceria firmada pela BM&FBovespa e pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais).

Pelo convênio entre Bolsa e Apimec, acordado no dia 18 de abril durante o seminário "Empresas e small caps, a busca da liquidez", estas empresas terão a chance de aumentar sua exposição no mercado através de relatórios e análises produzidos por instituições especializadas.

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Ficará a cargo da Apimec todo o processo de seleção, qualificação e sorteio das corretoras e consultorias independentes interessadas em produzir relatórios. As empresas, por seu turno, não poderão interferir na escolha do analista. As instituições sorteadas deverão elaborar quatro relatórios de análise. Caso a empresa tenha interesse em continuar a ser objeto de análise, deverá pedir um novo sorteio à Apimec, no qual ficará vedada a participação da instituição responsável pelos relatórios anteriores.

"A falta de informação sobre as small caps acaba sendo uma desvantagem para a pessoa física, embora haja empresas muito mais transparentes que são small caps", comenta Pedro Ozores, sócio da Guepardo Investimentos e responsável pelo relacionamento com investidores. "Se, por um lado, as small caps são pouco comentadas, por outro, você pode descobrir um grande negócio", acrescenta Ozores. "É o caso da Le Lis Blanc (LLIS3), que, no ano passado, subiu mais de 70% quando a Bolsa caiu mais de 18%".

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Para Massaro, as análises e relatórios ajudam a quebrar o preconceito com as small caps. "Muitas vezes, o investidor acaba associando uma empresa menor com pior, mais frágil ou menos confiável, e nem sempre isso é verdade, existem empresas pequenas na Bolsa que são extremamente bem geridas e sólidas, assim como existem grandes empresas que não são confiáveis", pondera Massaro. "Se o investidor ficar mais familiarizado com as small caps e vir que analistas conhecidos estão falando dessas empresas, isso também gera mais segurança", assinala o educador financeiro. "Com mais investidores dispostos a investir nessas empresas, você cria um incentivo para outras empresas menores abrirem capital, e são justamente estas que têm de vir para o mercado".

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