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O candidato do governo a prefeito de Goiânia é...

Para Jornal Opo, Caso Cachoeira derrubou pr-candidatura de Leonardo Vilela e Francisco Jnior agora o nome do governador. Leonardo nega. Analistas ouvidos pela Tribuna do Planalto avaliam: quase todos foram atingidos pelo efeito Cachoeira

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Goiás247 - Informação publicada neste final de semana no Jornal Opção aponta o deputado estadual Francisco Júnior (PSD) como “o nome de Marconi Perillo em Goiânia”. Não era. Passou a ser com a eclosão do Caso Cachoeira. O candidato preparado pelo governador tucano era o do deputado federal Leonardo Vilela (PSDB). 

Leonardo chegou a deixar a secretaria de Meio Ambiente no final do mês passado para viabilizar sua candidatura. Mas, no meio do caminho, seu nome apareceu em escutas pedindo emprego para uma filha e buscando Cachoeira para tentar apoio do senador Demóstenes Torres (DEM) à sua candidatura. Agora, segundo o Opção, está fora.

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De acordo com o próprio Leonardo, porém, nada disso: ele continua na disputa. Hoje, na coluna Giro, de O Popular, ao ser questionado se avalia desistir da candidatura para prefeito de Goiânia, ele responde:
”De forma alguma. Continuo conversando com aliados e minha agenda política e de articulações está mantida. Inclusive, na quinta-feira vamos reunir em Goiânia todos os pré-candidatos a vereador do PSDB. Não tenho contratos milionários com a Delta nem sou investigado pela Polícia Federal. Não devo nada e vou defender que façamos no Congresso uma CPMI do Cachoeira de forma ampla.”

Francisco Júnior, por sua vez, mantém silêncio. Ele tem em mãos pesquisas que o animam. Falta a articulação política, para sustentar a pretensão. Na avaliação de aliados seus, a hora é de conversa reservadas e paciência.

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Outra reportagem, esta no jornal Tribuna do Planalto, e também desta semana, vai além. Diz que, na avaliação dos estudiosos de política ouvidos pela publicação, “quase todos os pré-candidatos à prefeitura de Goiâ¬nia precisam agora rever suas estratégias e corrigir suas rotas”.

A seguir, as duas reportagens.

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Francisco Júnior será o nome de Marconi Perillo em Goiânia

Carlos Cachoeira derrubou a candidatura de Leonardo Vilela a prefeito de Goiânia. No momento, o deputado federal tucano continua pré-candidato, mas dificilmente se tornará candidato. A cúpula do partido avalia que o parlamentar é honesto, que não estaria contaminado pelas ações de Carlos Cachoeira, mas, ao pedir emprego para uma filha e a intermediação do empresário do jogo para conversar com o senador Demóstenes Torres, queimou-se para uma disputa majoritária, pelo menos a próxima. O alto tucanato estuda agora uma forma de retirar a candidatura de Leonardo sem queimá-lo ainda mais.

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Como pretende lançar candidatos nas principais cidades do Estado, o governador Marconi Perillo vai bancar o nome do deputado estadual Francisco Vale Jú¬nior, do PSD, para prefeito de Go¬iânia. Inclusive, já começou a convidá-los para conversas e viagens.

Francisco Júnior, egresso do PMDB, tende a conquistar parte do eleitorado deste partido. Sobretudo, na avaliação do tucanato, é um político “de” Goiânia. Foi secretário de Planejamento da gestão de Iris Rezende na Prefeitura, foi decisivo na elaboração do Plano Diretor e, depois, foi eleito vereador e assumiu a presidência da Câmara Municipal, organizando-a moral e financeiramente. Em seguida, foi eleito deputado estadual. Além da política, tem atuação como religioso, pertencendo à Re¬no¬vação Carismática. 

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Se confirmada a indicação de Francisco Júnior, o PSDB vai lançar o seu vice, possivelmente um evangélico. O no¬me mais cotado era o do deputado Fábio Sousa, mas a cúpula tucana desconfia que o parlamentar articulou um movimento, na internet, para atacar Leonardo.O PSD pode não obter parte do tempo de tevê do DEM, mas, no caso de uma coligação ampla, contará com o tempo dos partidos aliados, como PSDB e PP. O DEM não quer apoiar um nome do PSD. Este partido é como o PT para o DEM: “Intragável”.

Perguntado sobre a possibilidade de a base governista apoiar a candidatura do pessedista Francisco Vale Júnior, João Campos é lacônico: “Não tenho como avaliar isto agora, pois o PSDB tem um pré-candidato a prefeito, Leonardo Vilela”.

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João Campos frisa que, diante do caos provocado pelo caso Cachoeira, “o processo deu uma parada. É preciso esperar o quadro ficar mais arejado para definir novos caminhos”. Ele sugere que o ideal é que o PSDB tenha candidato a prefeito de Goiânia. “Mas fundamental mesmo é ganhar a prefeitura e fortalecer o partido e a base aliada.”

No caso da CPI para investigar políticos ligados a Carlos Cachoeira, João é peremptório: “O tiro saiu pela culatra.

Queriam atingir os tucanos e democratas. Mas agora o País pode verificar o envolvimento de petistas e peemedebistas”.

Sobre o deputado federal Protógenes Queiroz, João Campos afirma que já tem partido que não o aceita como integrante da CPI.

Cachoeira desmonta candidaturas em Goiânia

Cientistas políticos avaliam que Operação Monte Carlo deve derrubar pré-candidatos à prefeitura da capital

Péricles Carvalho 

Afetados diretamente ou indiretamente pela Operação Monte Car¬lo, quase todos os pré-candidatos à prefeitura de Goiâ¬nia precisam agora rever suas estratégias e corrigir suas rotas. Essa é a avaliação da maior parte dos estudiosos consultados pela Tribuna na última semana.

Ainda que não seja possível precisar qual será o real alcance do caso, cientistas políticos alertam para a necessidade dos pré-candidatos prestarem contas e dar explicações satisfatórias em relação a suas ligações com o contraventor Carlos Cachoeira.

Na opinião do cientista político Itami Campos, a reação dos goianienses em relação ao atual escândalo político é diferente da observada em outros casos de corrupção que vieram a tona anteriormente. Para ele, o caso terá influência direta no processo eleitoral deste ano.

Ele alerta que o perfil dos eleitores goianos se diferencia do resto do Estado, o que exige maior cuidado por parte dos políticos. “Trata-se de eleitores mais críticos, que certamente levarão em conta o caso ao avaliarem os candidatos em outubro”, afirmou o professor, Pró-reitor da UniEvangélica.

Nos últimos dias, todos os pré-candidatos foram envolvidos de alguma maneira no caso. Na prefeitura, o então chefe de gabinete de Paulo Garcia (PT), Cairo de Freitas, foi acusado de ter tido reuniões com Carlos Cachoeira. Após pedir demissão, ele argumentou que se reuniu com o bicheiro para tratar dos impasses judiciais envolvendo a execução das obras do Mutirama, carro chefe da atual gestão. Ainda não se sabe ao certo a dimensão da influência de Cachoeira no Paço.

Na última quinta-feira, 12, a prefeitura cancelou todos os con¬tratos com a Delta Cons¬tru¬ções – empresa citada nas investigações por ter forte in¬flu¬ência de Carlinhos Cachoeira. Desta maneira, o prefeito Paulo Garcia se adiantou em relação a possíveis questionamentos a respeito de processos licitatórios envolvendo uma empresa vinculada ao bicheiro. Para Itami, até agora o prefeito foi quem sofreu menor desgaste diante do caso.

A explicação dada pelo cientista é de que pela primeira vez o Paço conseguiu se articular e se antecipar em relação a uma possível crise. Em nota, a prefeitura esclarece que a suspensão dos contratos mantidos com a Delta não diz respeito a irregularidades envolvendo licitações. “Não há o menor indício de irregularidade nos procedimentos licitatórios, mas a cautela e a transparência são recomendáveis em função de ilações e questionamentos”, explica a prefeitura.

Na avaliação do professor da Universidade Federal de Goiás e estudioso de mídia e marketing político Luiz Carlos Fernandes, Paulo Garcia saiu melhor nessa “primeira onda de denúncias” devido à pró-atividade das lideranças no Paço, e também pelo fato de que o prefeito é visto como vítima do esquema de Cacho¬ei¬ra, uma vez que o bicheiro teria influenciado a paralisação das obras do Mutirama.

Luiz Carlos, que estuda redes sociais desde a última eleição, afirmou que no campo virtual há muito debate e brigas entre os atores políticos. De acordo com ele, apesar da intensa discussão em redes sociais como o Facebook e o Twitter, “ainda não se sabe como o eleitorado irá se comportar até que a campanha comece de fato”.

Complicações

Se até o momento a imagem do prefeito não sofreu desgastes, não se pode dizer o mesmo dos pré-candidatos Jovair Arantes (PTB) e Sandes Junior (PP). Para o cientista político Pedro Célio, a crise política que Goiás vive atualmente serve para antecipar algumas decisões políticas que seriam tomadas mais adiante.

Uma dessas decisões é a provável desistência do deputado federal Sandes Junior, que após ter sido flagrado em conversas telefônicas com Cachoeira tem sua candidatura por um fio. Nas ligações, o deputado pepista conversava com Cachoeira a respeito do repasse de cheques, enquanto o contraventor cobrava sua parte em um suposto acordo. Em sua defesa, Sandes afirmou que o assunto da conversa era um contrato envolvendo emissoras de rádio.

O deputado, que já articulava aliança com o PR, sofrerá se quiser manter sua candidatura. Para os analistas, o fato de ser sido pego em uma conversa direta com o bicheiro antecipa um julgamento político e traz desgastes inimagináveis para sua figura pública.

O fato de estar na mídia nacional, ter construído sua base eleitoral na periferia e o indicativo de que ele poderá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), constrói, na visão de Itami, um quadro complicado.

Também em Brasília, o pré-candidato e deputado federal Jovair Arantes (PTB) deverá ser um dos nomes mais alvejados. Para Luiz Carlos, o nome do deputado vem sendo citado constantemente em denúncias e investigações, o que compromete sua imagem pública e pode ser um complicador caso o mesmo deseje levar adiante sua candidatura.

Em janeiro deste ano a revista Veja publicou denúncia envolvendo suposta cobrança de propina por parte de Jovair para que Osmar Pires Martins Júnior fosse reconduzido à Agência Goiana de Meio Ambiente. Em nota de esclarecimento, o deputado afirmou que não mantinha nenhum tipo de ligação com Osmar, e que nenhuma proposta envolvendo dinheiro havia sido feita.

Desta vez, Jovair é citado pela Operação Monte Carlo após pedir apoio a Cachoeira para viabilizar sua candidatura. O próprio deputado afirma que teve conversas com o contraventor, mas queria apenas “apoio legal” à sua pré-candidatura. O deputado se disse inocente e afirmou que seu pedido foi feito ao empresário Carlos Cachoeira, e não ao bicheiro.

Até o momento, praticamente todas as explicações dadas pelos pré-candidatos em relação aos supostos envolvimentos com Cachoeira são tidos como muito ruins por estudiosos. Isso poderia provocar uma saturação dos eleitores em relação à classe política, afirma Luiz Carlos.

Na opinião de Itami, é de extrema urgência a necessidade de maiores esclarecimentos. Ele ressalta que os políticos têm dado péssimas justificativas em relação ao envolvimento com Cachoeira.

Isso ocorre com o vereador e pré-candidato do PSOL, Elias Vaz. Após denunciar o chefe de gabinete do prefeito, ele mesmo foi alvejado ao ter seu nome citado como um “porta-voz do bicheiro” na Câmara Municipal.

Desafios

Para Itami, a saída de Jo¬vair Arantes e Sandes Junior não será uma surpresa e o que realmente vai esquentar a pré-campanha é a articulação da base governista em torno da candidatura de Leonardo Vilela (PSDB). Apesar de afirmar que ainda é cedo para saber qual é o tipo de envolvimento de Leo¬nardo com Cachoeira, a simples vinculação do pré-candidato ao caso pode trazer reflexos negativos à candidatura.

Na avaliação de Luiz Car¬los, do ponto de vista de construção de campanha, Leo¬nardo ainda não cumpriu nem a primeira lição que é se apresentar à sociedade e se tornar conhecido em Goiânia. No raciocínio do estrategista, políticos já conhecidos pelo eleitorado saem na frente, pois não precisam gastar tempo se apresentando, e acabam tornado a pré-campanha e a campanha um momento de mostrar porque deseja estar à frente da cidade.

Para um pré-candidato que ainda não desfruta de popularidade na capital, ter seu nome ligado a Cachoeira pode significar mais dificuldades. Na avaliação de Pedro Célio, a candidatura de Leonardo sofrerá abalos e as articulações políticas serão inibidas. Diante de problemas trazidos pelo caso Cachoeira, envolvendo inclusive a figura pública do governador Marconi Perillo (PSDB), a candidatura pode estar comprometida.

“Acredito que alguns pré-candidatos vão retirar seus nomes da disputa, e outros vão ser inibidos por terem seus nomes vinculados a Cachoeira. Leonardo será afetado, até porque não terá ajuda e envolvimento do líder máximo do partido”, disse Pedro Célio.

Apesar do desgaste inicial, os estudiosos entrevistados são céticos em relação ao desenrolar do caso durante o período eleitoral. Na visão de Luiz Carlos, por exemplo, devido ao fato do esquema possuir amplas ramificações na política goiana, o esperado é que haja trégua durante as eleições.

“Partindo do pressuposto do marketing político, acredito que a Operação Monte Carlo não deverá agendar os candidatos. O debate pode esfriar e nunca se sabe o que pode acontecer. Vai que eles acertam no primeiro turno um acordo para evitarem confrontos envolvendo Cachoei¬ra?”, questionou ele.

No meio do tiroteio há quem veja o PSD como a salvação da base aliada em Goiânia. “Isso é uma hipótese ainda, mas diante das denúncias e caso haja agravamento, o PSD pode ser uma alternativa para os aliados de Mar¬coni”, afirmou Itami.

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