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"O coveiro do mensalão?"

Ministro Carlos Ayres Britto tem pressionado colegas para marcar julgamento para o primeiro semestre deste ano, em especial Ricardo Lewandowski, o relator revisor do processo

"O coveiro do mensalão?" (Foto: Divulgação_Carlos Henrique/Divulgação)
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247 – O ministro Carlos Ayres Britto tem pressa. O PT tem feito uma força-tarefa para empurrar o julgamento do mensalão para 2013, mas o homem que assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira quer julgar o caso ainda no primeiro semestre deste ano. Tanto que, com a ajuda do relator do processo, Joaquim Barbosa, começou a pressionar os demais colegas para verificar se já estão trabalhando em seus votos para o julgamento no plenário. Em especial Ricardo Lewandowski, o relator revisor do processo, que ouviu: « O senhor não quer entrar para a História como coveiro do mensalão, né? ».

Leia na matéria do Globo:

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BRASÍLIA - Interessado em marcar o julgamento do mensalão para o primeiro semestre deste ano, o ministro Carlos Ayres Britto, que assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, tem trabalhado nos bastidores para viabilizar seu desejo. A despeito das pressões exercidas, direta ou indiretamente, pelos políticos envolvidos no escândalo e seus advogados, Ayres Britto, com a ajuda do relator do processo, Joaquim Barbosa, tem conversado com os demais colegas para verificar se já estão trabalhando em seus votos para o julgamento no plenário.

Ou seja: internamente, todos os ministros estão sendo pressionados para fazer sua parte. Em especial Ricardo Lewandowski, o relator revisor do processo. Recentemente, ele ouviu de um colega uma cobrança mais dura para que entregue logo o voto:

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— O senhor não quer entrar para a História como coveiro do mensalão, né?

Em dezembro do ano passado, Lewandowski recebeu de Barbosa o relatório do caso. Agora, precisa elaborar um voto minucioso e entregá-lo à presidência do tribunal para que o julgamento seja marcado. O voto do relator Joaquim Barbosa está quase pronto e terá cerca de 500 páginas.

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Lewandowski não diz quando vai terminar o trabalho, mas anunciou que quer fazer isso ainda neste semestre, mesmo com a dificuldade do tamanho do processo. São 38 réus, mais de 600 depoimentos de testemunhas e cerca de 50 mil páginas para serem estudadas.

Ayres Britto não quer que o julgamento seja adiado para o segundo semestre, quando já estará em curso o processo eleitoral. Diante de tantas cobranças - da opinião pública e dos colegas -, Lewandowski decidiu se dedicar mais. Nesta quarta-feira, quando for substituído na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela ministra Cármen Lúcia, não voltará à bancada da Corte. Renunciará ao posto para ficar integralmente no Supremo.

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Julgamento ocorrerá mesmo com dez ministros na Corte

Em entrevista ao GLOBO publicada no último domingo, Ayres Britto não só afirmou que deseja julgar o processo do mensalão até 6 de julho, quando a campanha eleitoral começa oficialmente, como pretende manter o julgamento mesmo que o STF esteja apenas com dez ministros. No segundo semestre, a Corte deverá trabalhar com dez integrantes porque o atual presidente do STF, Cezar Peluso, vai se aposentar. Ainda assim, disse Ayres Britto, ele manterá o julgamento em pauta, caso não seja possível concluí-lo no primeiro semestre:

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— O ideal é o número 11, ímpar. Mas, se só tiver dez, qual o presidente que vai esperar nomear o substituto do ministro Peluso, que você não sabe quando vai acontecer, e deixar o processo sem julgamento? — disse Ayres Britto.

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