O menino e a cobra-grande - Uma amiga que rasteja e se enrola

Imagine que você seja o orgulhoso genitor de um lindo menino de 3 meses. Tão pequenino, um anjinho que ainda nem sequer consegue manter a cabeça firme sobre o pescoço. Agora, imagine que certa manhã você vai até o berço ver como o baby está e, lá, além do guri, encontra também uma cobra dormitando ao seu lado. Não se trata de uma cobrinha à toa, e sim de uma píton que, apesar de nova, já tem quase um metro de comprimento! Você agarraria a cobra com as próprias mãos e a jogaria pela janela, não seria assim?

Não foi o que fez o papai de Koun Samang. Ele encontrou de fato uma píton dessas no berço do filho. Gentilmente, a levou para a floresta concedendo-lhe a liberdade. Floresta é que não falta na província de Kandal, no Camboja, onde eles moram. Só que, no dia seguinte, a cobra voltou para o mesmo lugar. Novamente, ele a levou embora. Por três vezes isso aconteceu. Aí, o pai do garoto decidiu deixar rolar. Acolheu a cobra como membro da família, convencido de que a relação dela com o menino tinha algum significado espiritual.

Sete anos depois, Samang e a sua agora gigante cobra-irmãzinha, batizada de “Lucky”, Sortuda, continuam crescendo fortes, bonitos e saudáveis. O reptil hoje está com mais de 6 metros de comprimento, seu corpo é roliço como o tronco de uma árvore, e ela poderia facilmente devorar Samang e mais alguns da família, sem falar nos cachorros e nos porcos. Mas não faz nada disso. Quando não está comendo os frangos e marrecos crus que lhe são oferecidos, ela dormita em algum canto, ou troca beijos e abraços enrolados com o menino Samang. E depois dizem que as serpentes não amam...

VÍDEO

No vídeo, Koun Samang faz uma série de peripécias com sua cobra Sortuda