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O país de três classes médias

Se considerarmos que as nações mais desenvolvidas tiveram na classe média o seu motor de progresso, podemos concluir que estamos no bom caminho. Sem dúvida, será difícil conter a máquina de demanda de 90 milhões de pessoas

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O modelo de desenvolvimento brasileiro em curso ― aprofundado após a criação do Real ― operou intensas mudanças no perfil de distribuição de renda do nosso País. O principal fator responsável por isso foram as transformações econômicas havidas, apoiadas no controle da inflação, consistentes políticas de emprego e de estímulos ao mercado interno e às exportações. Tendo como base os anos de 2003 a 2011, é possível ver-se uma sensível queda na classe dos “excluídos”, que caiu 13% no período, e o surgimento, com força, de três novas classes médias.

Se considerarmos que as nações mais desenvolvidas tiveram na classe média o seu motor de progresso, podemos concluir que estamos no bom caminho. Sem dúvida, será difícil conter a máquina de demanda de 90 milhões de pessoas, dispostas e ávidas para o acesso a bens de consumo imediato, duráveis e semiduráveis, visando ao aumento de seu bem estar pessoal e de suas famílias. Reconheçamos que esse o mercado interno tem sido o meio mais forte para que o Brasil enfrente as consequências da crise que vem da Europa e dos Estados Unidos.

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Essa poderosa máquina consumista apresenta, evidentemente, heterogeneidades próprias de um país recém-saído do descalabro inflacionário, que o impedia de executar uma verdadeira política de desenvolvimento. Embora prevaleçam graves desigualdades e injustiças, na década passada o PIB do Brasil cresceu notavelmente, a ponto de passar a integrar o conjunto de potências emergentes ― os Brics ―, ao lado de Rússia, China, Índia e agora África do Sul.

Entre as graves desigualdades e injustiças, que contribuíram para subdividir a antiga classe média em três ― classe média alta, classe média intermediária e classe média baixa ― a educação se apresenta como a de maior importância. Com efeito, dinheiro e posse de bens de consumo são sinais exteriores de prosperidade, mas o que realmente distingue, com clareza, a classe social à qual o brasileiro pertence é a escolaridade. Nesse aspecto, ainda temos de melhorar muito. Porém, nos últimos anos, a situação do ensino no Brasil mudou significativamente. Tanto é que levantamento do Datafolha revela que, há dez anos, “havia mais brasileiros que não tinham completado o ensino fundamental do que aqueles que possuíam ao menos o nível médio completo”. Hoje, a situação se inverteu, e esse movimento foi “fundamental na redução da desigualdade e no crescimento da classe média, como comprovam alguns estudos”. Um deles mostra que 40% da queda da desigualdade no mercado de trabalho, na década passada, “é explicada pela melhoria da escolaridade”.

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Assim, o Brasil segue mudando, e a divisão de sua antiga classe média em três deve ser saudada como a nova força que move a nossa economia e traça o nosso futuro.

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José Chaves é deputado federal (PTB-PE)

 

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