O primeiro round não foi nada amistoso

Raphael Coutinho _PE247 – Os dois principais nomes para representar o PT nas próximas eleições do Recife tiveram o seu primeiro encontro em público, depois da movimentação que projetou o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, na corrida sucessória recifense. O prefeito João da Costa e o seu concorrente se cruzaram em uma festa de aniversário de um empresário no Recife. Em determinado momento da comemoração, os dois conversaram reservadamente durante um tempo.

O secretário chegou primeiro e circulou sozinho entre os convidados, sendo bastante cumprimentado e atendeu a pedidos de fotos. Boa parte das pessoas que falavam com ele já o chamavam de “prefeito”. Rands, por sua vez, não demonstrava nenhum tipo de incômodo com a situação.

Já o prefeito (o atual) chegou depois, também foi cumprimentado e procurou uma parte afastada do salão de festa, onde ocorreria um show do cantor Reginaldo Rossi. Rands tomou a iniciativa do encontro e foi falar com Costa, de forma breve. Em seguida, o prefeito começou a ser procurado pelos presentes, entre empresários e políticos do segundo escalão.

No final da festa, quando o cantor subiu ao palco, vários convidados foram para o salão curtir as músicas do Rei. Neste momento, ocorreu um encontro mais “tranquilo” entre Maurício Rands e João da Costa. Apesar de ter demorado pouco, a conversa foi bastante intensa. Era visível a irritação do prefeito. Costa cobrou uma atitude mais coerente, para não dizer ética, de Rands e da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB).

O gestor argumentou ainda que em nenhum lugar do mundo o governante passa por prévias. Além disso, falou que o processo conduzido pela CNB foi às escondidas e de uma “violência” inaceitável, até para um partido com o histórico de complicação como o PT. Rands disse que a iniciativa de se lançar nas prévias não era uma atitude contra o prefeito, mas a favor da unidade do PT e da Frente Popular.