"O PT vai para rua fazer o quê? É para fazer massa?"

Bahia 247

O governador Jaques Wagner (PT) convocou entrevista coletiva para falar sobre as manifestações populares em Salvador e em cidades do interior nesta tarde e ontem se antecipou a criticar a iniciativa do PT de convocar militantes para se integrar ao Movimento Passe Livre, que tem promovido destruição nas capitais brasileiras desde o início da semana.

"O PT tem responsabilidade com a nação. É correto o PT não hostilizar nem criminalizar o movimento. Agora, precisa saber como entra. Não pode engrossar uma coisa difusa. Tenho medo dessa glamourização".

Wagner evitou comentar o teor das entrevistas do presidente nacional do PT, Rui Falcão, que conclamou a militância a engrossar as manifestações. Mas insistiu, porém, que o papel do partido é identificar as demandas e seus interlocutores dentro do movimento. "Mas não pode fazer massa. Se não vira woodstock. Tem que organizar a demanda. Está protestando por quê? Como viabilizar? Se não, vira woodstock".

E acrescentou: "Com que objetivo o PT pede para a militância entrar no movimento, é para fazer massa? Estou fora. A gente é presidente, governador, deputado... Quem está na rua não está identificando nos partidos políticos veículo de transformação. E o PT faz parte da política. O PT vai para rua fazer o quê? Só dizer que não está contra?".