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O resgate da tradição navegável do Capibaribe

Com um investimento de R$ 289 milhões, sendo R$ 102 milhões para a dragagem, o principal rio pernambucano voltará a ser uma alternativa de deslocamento para a população; a intervenção permitirá que cerca de 335 mil pessoas sejam transportadas por mês; a obra deve ser concluída em 2014 

O resgate da tradição navegável do Capibaribe (Foto: Rafa Medeiros/Pref. do Recife)
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Leonardo Lucena _PE247 – Com o objetivo de possibilitar mais uma alternativa ao deslocamento dos usuários que dependem do transporte público, o Governo de Pernambuco, através da Secretaria Estadual das Cidades, criou o projeto Rios da Gente. O investimento é de R$ 289 milhões, sendo R$ 102milhões para a dragagem do Rio Capibaribe, com o objetivo de permitir a sua navegabilidade. Cerca de335 mil pessoas deverão ser transportadas por mês e 156 viagens poderão ser realizadas por dia. A obra deve ser concluída em 2014.

A navegabilidade contemplará a Rota Oeste, indo da BR-101 ao centro da Capital, e duas na Rota Norte, partindo do centro recifense até a divisa entre Recife e Olinda. Com um total de 13,9 quilômetros de navegabilidade, serão 11 quilômetros no Eixo Oeste e 2,9 quilômetros no Eixo Norte. Ao todo, 13 embarcações farão o transporte de passageiros. Cada barco terá capacidade para 86 usuários sentados e, em tese, uma velocidade média de 18 quilômetros por hora.

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De acordo com informações da Secretaria Estadual das Cidades, estão previstas a implantação de sete estações de embarque e desembarque, sendo cinco na Rota Oeste e duas na Norte. Todas terão com integração ao sistema de transporte público (metrô e ônibus). O projeto contempla os bairros de Casa Forte, Poço da Panela, Torre, Derby, São José, Santo Antônio, Boa Vista, Santo Amaro e vai até as proximidades do Shopping Tacaruna.

“Todo o trajeto contará com sete estações e embarque e desembarque dos passageiros, sendo cinco na rota Oeste e duas na Norte. Todas, inclusive, implantadas em locais estratégicos, permitindo a integração com o atual Sistema de Transporte Terrestre (ônibus e metrô)”, explica a secretária executiva de Articulação Institucional e de Captação de Recursos da Secretariadas Cidades, Ana Suassuna.

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As informações dão conta de que todas as estações serão climatizadas, contando com lojas comerciais, áreas de circulação e espera, guichês para a emissão de bilhetes, banheiros e estacionamento de carros e bicicletas. Até o momento, o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), assinou apenas o edital de licitação.

Todo o processo será feito em duas etapas. Na primeira, serão retirados todos os materiais contaminados, como esgotos e metais pesados, que são se acumularam no rio. A partir daí, serão levados para um terreno localizado próximo à BR-101 e seguirão para um aterro sanitário. Na segunda etapa, haverá a remoção de materiais não contaminados por meio de uma escavadeira. Todos esses compostos serão levados para o oceano a uma distância de 11 quilômetros da costa.

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Segundo o secretário Danilo Cabral, o Governo, por meio da secretaria das Cidades, já executou o EIA-RIMA, um Estudo de Impacto Ambiental, que está sendo avaliado pela Agencia Estadual de Meio Ambiente – CPRH, para que seja liberado o licenciamento ambiental. O EIA-RIMA foi elaborado durante quatro meses por uma equipe multidisciplinar, coordenada pela CARUSO JR Estudos Ambientais & Engenharia Ltda.

“Esse é um sonho antigo e audacioso, que vem sendo alimentado por muitas gestões, e estamos colocando em prática. Além de oferecer mais um meio de transporte aos pernambucanos, também estaremos explorando o Rio de forma sustentável”, afirmou Danilo Cabral.

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Doutor em Engenharia Hidráulica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ricardo Braga, afirma o rio Capibaribe tem vocação para barcos, pequenos e até maiores, desde que limpo da poluição e dasassoreado. ”Daí para assumir o rio como um corredor de transporte de massa há uma grande diferença”, avalia.

Segundo o estudioso, será preciso a retirada 860 mil toneladas de sedimentos, o que requer maior cuidado para com os impactos ambientais. “É preciso avaliar cuidadosamente as implicações ambientais na deposição e transporte do material dragado, seja no mar ou em aterro”, alerta. “É indispensável projetar as estações de atracação de maneira a retirar o mínimo da vegetação de mangue, que em si compõe a própria paisagem estuarina”, acrescenta.

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Braga também faz ponderações a respeito das consequências que o projeto trará para a mobilidade. ”A forma de divulgação tem levado ao entendimento da maioria de que os barcos serão uma solução para o nosso trânsito, o que redondamente não é verdade. Isto porque ele representará no máximo 0,7% do transporte público”, avalia.

Confira as integrações:

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Rota Norte

ESTAÇÃO INTEGRAÇÃO

Correios (Rua do Sol) - Integra com o corredor de Transporte Rápido por ônibus (TRO) Norte-Sul.

Tacaruna – Integra com o corredor de TRO Norte-Sul

Rota Oeste

ESTAÇÃO INTEGRAÇÃO

Estação Recife - Integra com o metrô e com o TRO (Norte-Sul)

Estação Derby - Integra com o corredor de TRO Norte-Sul

Estação Torre - Integra com as linhas troncais do SEI que passam pela II Perimetral

Estação Santana - Integra com as linhas troncais do SEI que passam pela III Perimetral

Estação BR 101 - Integra com as linhas que circulam pela IV Perimetral

 

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