OAB/AL investiga mortes em confronto

Alagoas247 - As mortes ocorridas durante supostos confrontos entre policiais militares e pessoas suspeitas na participação em crimes viraram rotina em Alagoas e estão sendo monitoradas pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL). Os números ainda estão sendo levantados e serão encaminhados para órgãos como o Ministério Público Estadual (MPE), a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) e o Ministério da Justiça, para que alguma providência seja adotada.

"Estamos fazendo o monitoramento dessas ações. São muitos esses supostos conflitos que têm resultado em mortes e isso tem que ser bem observado, pois é uma situação muito estranha", destaca o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Daniel Nunes.

Segundo ele, a Polícia Militar de Alagoas está entrando para o rol das polícias que mais matam no país. "Isso é inaceitável. Já está virando rotina em Alagoas e não podemos permitir que haja tantas mortes assim", afirma o representante da OAB.

O monitoramento ainda está sendo feito e os números a respeito da quantidade de mortes durante conflitos com a polícia ainda serão divulgados. A ideia é levá-los até o MPE, a Seds e o Ministério da Justiça, para que a situação seja avaliada e as providências cabíveis sejam adotadas. "Pretendemos apresentar os dados a esses órgãos para que eles verifiquem o que está acontecendo em Alagoas", ressaltou Daniel Nunes.

Em contato com o coronel Elias, da Corregedoria da Polícia Militar, a Gazetaweb foi informada que todas essas ações que resultam em mortes são acompanhadas pelo órgão.

Morte de suspeitos

O último caso que resultou na morte de suspeitos durante troca de tiros com a Polícia Militar ocorreu na noite do sábado (26), no município de Viçosa. Na ocasião, três acusados de tráfico de drogas e homicídios foram mortos após suposto confronto com a PM.

Daniel Henrique da Silva, conhecido como "Quiquinho"; Ayran, vulgo "Mala"; e Eronildo, também conhecido como "Mala" foram baleados e entraram em óbito. De acordo com o que foi divulgado pelos militares, cada um dos suspeitos mortos estava com um revólver. Eles teriam atirado contra a guarnição e foram atingidos.

O trio é suspeito de matar o sargento PM Monte, que foi assassinado na última sexta-feira (25), no Conjunto Carminha, próximo ao Complexo Benedito Bentes, enquanto fazia escolta para uma empresa distribuidora de bebidas.

Com gazetaweb.com