Operação Delta derruba ações da JBS na Bolsa
Papéis do frigorífico de Joesley Batista caíram 8,83% frente a uma queda de 0,62% do Ibovespa; lucro 21% menor no primeiro trimestre pesou, mas investidores também puniram compra da Delta, de Fernando Cavendish, pela holding J&F; por que se meter com uma companhia na iminência de virar inidônea?
247 – Está matemática e financeiramente comprovado que o mercado não gostou nada da decisão da família Batista, controladora da holding J&F, que possui o frigorífico JBS, de assumir os negócios da mais que enrolada Delta Construções. A empresa que pertence ao empresário Fernando Cavendish está na iminência de ser declarada inidônea pela Controladoria Geral da União (CGU) e já tem rompidos uma série de contratos de execução de obras em todo o País. Ainda assim, a Delta teve sua administração assumida pela J&F. Mesmo sem o desembolso de um real sequer, o movimento foi mau visto pelo mercado que, de posse dessa informação, aliada à do recuo de 21% no lucro trimestral da JBS, castigou as ações da principal empresa da holding. Os papéis da JBS nesta quarta-feira 16 cairam 8,83%, enquanto o Ibovespa recuou apenas 0,62%.
Abaixo, notícia publicada pelo portal Infomoney sobre o mergulho das ações da JBS na Bolsa de Valores de São Paulo:
SÃO PAULO - O baixo desempenho da JBS (JBSS3) nos primeiros três meses deste ano parece impactar no movimento das ações da companhia na tarde desta quarta-feira (16). Por volta das 14h (horário de Brasília) os papéis da companhia marcavam queda de 6,44%, valendo R$ 6,25. No intraday, as ações marcam forte volatilidade, com alta máxima de 0,75% (R$ 6,73) e maior queda de 6,89% (R$ 6,22). Eles fecharam o dia em baixa de 8,83%, a maior do pregão.
"Apesar dos números melhores da Pilgrim's no trimestre, o resultado da JBS ainda ficou um pouco abaixo do esperado. O atual momento do setor no Brasil é positivo e deve ajudar a companhia a recuperar suas margens durante o ano. Em nossa visão, os mercados de frango e bovinos nos EUA também devem seguir em recuperação, com aumento na disponibilidade de gado e melhor balanço entre oferta e demanda", explica em relatório Henrique Koch, analista do BB Investimentos.
Vale lembrar que a empresa reportou lucro líquido de R$ 116,1 milhões no primeiro trimestre, com queda de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 240,3 milhões, desconsiderando o imposto de renda diferido passivo, gerado pela realização do ágio. O Ebitda (geração operacional de caixa) caiu 16,7%, passando de R$ 835,9 milhões um ano antes para R$ 696,5 milhões de janeiro a março de 2012.
Segundo o frigorífico, o resultado se deu pelo desempenho negativo da unidade de bovinos nos EUA, que apresentou um Ebitda negativo de US$ 45,4 milhões no 1T12, comparado a um Ebitda positivo de US$ 269,7 milhões no 1T11.
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