Operação prende policiais acusados de crimes
As Polícias Militar e Civil, em parceria com a Força Nacional e o Ministério Público de Goiás, deflagraram, na madrugada de hoje a Operação Malavita; foram cumpridos 20 dos 23 mandados de busca, apreensão e prisão expedidos, sendo 13 contra policiais militares, 4 contra policiais civis e 3 contra cidadãos; os policiais presos são acusados de envolvimento com o tráfico de drogas em Anápolis; segundo informações da cúpula da Secretaria de Segurança Pública e Justiça(na foto), em razão da disputa por espaço para a comercialização de entorpecentes, os agentes públicos cometeram crimes como homicídios, ameaças e sequestros no município
GoiásAgora - Cerca de 250 policiais militares e civis, com a colaboração do Ministério Público, Força Nacional de Segurança e Judiciário, deflagraram nesta quarta-feira, dia 29, a Operação Malavita. A ação visa combater crimes de extorsão, sequestro, homicídio e ameaça envolvendo agentes públicos. As investigações ocorreram a partir de crimes realizados em Anápolis, mas os 23 mandados de prisão e os 39 de busca e apreensão estão sendo cumpridos na região de Luziânia, Alvorada do Norte e Posse, devido ao deslocamento de suspeitos. Foram presos quatro agentes da Polícia Civil, 13 policiais militares (dois oficiais e 11 praças) e três cidadãos comuns. As prisões temporárias são de 30 dias.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, a operação investiga crimes ocorridos desde 2011. A motivação era a disputa por espaço/poder relacionada ao tráfico de drogas em Anápolis. A investigação foi conjunta entre a Polícia Civil e a Corregedoria da PM. “Essa é uma investigação que foi conduzida através de inquéritos policiais na Polícia Civil e que tem no âmbito da Polícia Militar algumas sindicâncias e alguns inquéritos policiais militares”, pontuou. “Nós temos um inquérito que foi instaurado no ano de 2014, mas já existiam inquéritos policiais instaurados anteriormente. Nós temos fatos aqui que remontam ao ano de 2011. Crimes praticados nos anos de 2011, 2012, 2013…”, explica Mesquita.
Tráfico e extorsão
O delegado geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, esclareceu que embora as prisões tenham ocorrido em outros municípios, os crimes ocorreram em Anápolis. Os policiais começaram a se envolver com o tráfico de drogas realizando cobranças e extorsões, sendo que com o tempo essa participação foi crescendo. “São crimes que estavam acontecendo, que já estavam sendo investigados, que começaram a surgir indícios de envolvimento de agentes públicos. Nesse envolvimento entendemos que deveríamos concentrar as investigações em uma delegacia especializada [Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas]“, destaca. Ele completou que “isso mostra que as instituições estão maduras, estão cortando na própria carne todos os problemas. Nós somos muito duros com quem comete desvio de conduta na nossa instituição policial civil e também observa que a Polícia Militar não aceita esses desvios”.
Segundo o comandante geral da PM, coronel Silvio Benedito Alves, “a Polícia Militar não comunga com desvio de conduta de policiais que devem defender a sociedade, principalmente as pessoas de bem. Abriremos hoje ainda conselhos disciplinares com penas que vão de advertência a exclusão do serviço público a bem da disciplina. Com certeza dando o direito deles da ampla defesa e do contraditório, mas a Polícia Militar ao longo dos seus 156 anos tem sido firme. Cortamos na própria carne e não aceitamos que maculem a imagem da corporação – da Polícia Militar – em ações que agentes públicos deviam trabalhar defendendo as pessoas e não cometendo crimes”. O comandante informou ainda que os PMs presos serão encaminhados ao Presídio Militar e que já havia inquéritos e sindicâncias relacionados a alguns desses policiais.
Mais detalhes da Operação Malavita serão fornecidos pelos delegados responsáveis após a conclusão do cumprimento dos mandados. O nome da Operação faz referência ao termo italiano Malavita, que significa marginalidade/submundo.
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