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Operador de Campos pediu R$ 90 mi à Odebrecht

Ex-executivo da Odebrecht João Pacífico afirma que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos pediu propina diretamente à cúpula da empreiteira;"Ele tinha um crédito, quando chegava as eleições, ele fazia a solicitação", afirmou; a continuidade do acerto ficava a cargo do ex-presidente da Copergás Aldo Guedes; um outro ex-executivo da Odebrecht, Márcio Faria, destacou que Guedes teria pedido R$ 90 milhões, correspondente a 2% do valor do contrato firmado pela OAS e Odebrecht para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; Aldo teria oferecido como contrapartida "apoio incondicional" do Governo de Pernambuco; acerto acabou ficando em cerca de R$ 15 milhões; "Ele (Guedes) chiou, reclamou, mas eu falei: olha, é o que nós temos", disse Faria.

Ex-executivo da Odebrecht João Pacífico afirma que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos pediu propina diretamente à cúpula da empreiteira;"Ele tinha um crédito, quando chegava as eleições, ele fazia a solicitação", afirmou; a continuidade do acerto ficava a cargo do ex-presidente da Copergás Aldo Guedes; um outro ex-executivo da Odebrecht, Márcio Faria, destacou que Guedes teria pedido R$ 90 milhões, correspondente a 2% do valor do contrato firmado pela OAS e Odebrecht para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; Aldo teria oferecido como contrapartida "apoio incondicional" do Governo de Pernambuco; acerto acabou ficando em cerca de R$ 15 milhões; "Ele (Guedes) chiou, reclamou, mas eu falei: olha, é o que nós temos", disse Faria. (Foto: Paulo Emílio)
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Pernambuco 247 - O ex-executivo da Odebrecht João Pacífico relatou em seu depoimento à Justiça que o ex-governador de Pernambuco pediu propina diretamente à cúpula da empreiteira. As tratativas eram diretamente com Campos", disse Pacífico. "Ele tinha um crédito, quando chegava as eleições, ele fazia a solicitação", completou. Ainda segundo o delator, a continuidade do acerto ficava a cargo do ex-presidente da Copergás Aldo Guedes, que se autointitulava representante único de Campos. O ex-governador faleceu em um acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014.

Um outro ex-executivo da Odebrecht, Márcio Faria, destacou eu Guedes teria pedido R$ 90 milhões, correspondente a 2% do valor do contrato firmado pela OAS e Odebrecht para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O valor foi alvo de contestação por ser considerado elevado demais. "Eu disse: olha, acho que estamos em outro planeta", contou Faria.

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Aldo teria oferecido como contrapartida " apoio incondicional" do governo de Pernambuco "com ênfase muito forte nas relações sindicais". Na ocasião, cerca de 50 mil trabalhadores estavam alocados nas obras de construção da refinaria. O acerto acabou ficando em cerca de R$ 15 milhões, sendo dividido igualmente entre as duas empreiteiras. "Ele (Guedes) chiou, reclamou, mas eu falei: olha, é o que nós temos", disse Faria.

O pagamento da Odebrecht seria uma espécie de retorno pelo fato da empreiteira ter sob sua responsabilidade contratos de alto valor como da terraplenagem da Refinaria Abreu e Lima, adutora de Pirapama, cais 5 de Suape e o píer petroleiro de Suape. "Era dito que a gente tinha preferência, uma condição especial [na licitação] e que haveria a cobrança de 3% de contribuição de campanha", detalhou o delator. Faria disse que a empreiteira doou cerca de R$ 11 milhões entre os anos de 2010 e 2012.

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Aldo Guedes, que é casado com uma prima de Campos e foi sócio dele em uma fazenda na Região Agreste de Pernambuco, já é investigado em um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base em uma delação premiada feita por ex-executivos da empreiteira Camargo Corrêa. Guedes e o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), juntamente com o empresário João Carlos Lyra, são acusados de operar propinas no valor de R$ 41 milhões.

O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht também contou à Justiça que pagou R$ 50 milhões a Campos após este pedir uma ajuda para destravar as obras do presídio de Itaquitinga.

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Por meio de nota, o PSB destacou que o ex-governador teve o seu nome citado "sem condições de se defender" e que vai procurar "todas as instâncias para que seu nome e sua honra jamais sejam maculados".

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