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Operador do PSDB, Paulo Preto ainda exerce influência na Dersa, dizem procuradoras

Segundo a procuradora da Lava Jato em SP Anamara Osório Silva, "ele próprio fez questão de dizer na primeira audiência de custódia. Que tinha contato com a Dersa até hoje e que ele recebeu, de secretárias lá de dentro da Dersa, a documentação relativa ao processo. Ele próprio fez questão de demonstrar que exerce influência e um domínio sobre todos os fatos"

paulo preto (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

Procuradoras da República integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, que investigam desvios de dinheiro público de obras viárias, disseram que o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ainda exerce influência sobre a empresa estadual.

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"Isso ele próprio fez questão de dizer na primeira audiência de custódia. Que tinha contato com a Dersa até hoje e que ele recebeu, de secretárias lá de dentro da Dersa, a documentação relativa ao processo. Ele próprio fez questão de demonstrar que exerce influência e um domínio sobre todos os fatos", afirmou a procuradora Anamara Osório Silva, integrante da força-tarefa, conforme divulgou o Ministério Público Federal (MPF).

Nesta quinta-feira (14) foi realizada uma audiência judicial para depoimento de três testemunhas de acusação no processo em que Paulo Preto e mais quatro pessoas respondem pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. De acordo com informações do MPF, os depoimentos confirmaram os fatos da denúncia.

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Paulo Preto é acusado pelo Ministério Público de ter desviado cerca de R$ 7,7 milhões em recursos e imóveis que eram destinados ao reassentamento de pessoas desalojadas para obras viárias em São Paulo. Entre as obras investigadas e apontadas na denúncia estão a construção do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a nova Marginal Tietê. Segundo a denúncia, o dinheiro foi desviado em proveito próprio e de terceiros e ocorreu entre os anos de 2009 e 2011. O esquema, de acordo com o MPF, era comandado por Paulo Preto e começou a ser investigado primeiramente pelo Ministério Público estadual, mas como envolvia verbas federais, a investigação foi encaminhada ao Ministério Público Federal.

De acordo com a força-tarefa, o relacionamento do acusado com a Dersa foi um dos motivos para o segundo pedido de prisão, determinado pela Justiça Federal em São Paulo. O ex-diretor já foi preso duas vezes, no entanto, foi liberado após habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

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"Eles tinham ordem da Justiça para retirar as pessoas [de áreas vizinhas a canteiros de obras do Rodoanel]. Eles não só retiraram as pessoas, como pagaram e pagaram um valor muito maior que o que já tinha sido pago para outros invasores. Foram pagos até R$ 10 mil em dinheiro", segundo a procuradora da República Ana Cristina Bandeira Lins, também integrante da força-tarefa. De acordo com o MPF, os depoimento de hoje confirmaram que as indenizações foram pagas em dinheiro, o que dificulta a fiscalização pelo poder público.

A procuradora regional da República Janice Ascari, também membro da força-tarefa, disse que uma testemunha da empresa Diagonal, contratada pelo consórcio do Rodoanel para tratar do pagamento de indenizações a pessoas removidas pelas obras, alertou superiores sobre as irregularidades e foi repreendida. "Ela recebeu ordem para realizar os pagamentos. Ordens diretas de Paulo Vieira de Souza para a empresa", disse Ascari.

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A defesa de Paulo Vieira de Souza tem declarado que a denúncia do Ministério Público é contrária à conclusão da auditoria e investigações internas da Dersa que inocentaram o ex-diretor de qualquer ato ilícito ou favorecimento a quem quer que seja.

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