Oposição ataca enrolação de Paulo Garcia na Câmara
Prefeito esteve na manhã desta quinta-feira no plenário da Casa para prestar contas do primeiro quadrimestre de sua gestão. Por três horas, o petista respondeu às preguntas, mas vereadores de oposição não ficaram satisfeitos com as respostas de Paulo sobre irregularidades em secretarias e dívida com fornecedores. "É um embromador. Não respondeu nada", disparou Geovani Antônio. A cada pergunta da oposição, Paulo respondia com críticas ao governo estadual. Ele atacou os gastos com publicidades, o número de comissionados e o cumprimento da Lei de Acesso à Informação
Goiás 247_ O prefeito Paulo Garcia (PT) esteve na Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira para prestar contas do primeiro quadrimestre de sua gestão. Por cerca de três horas e meia, o petista falou, e muito, respondeu perguntas de vereadores da situação e oposição, teve de encarar manifestantes revoltados nas galerias e não perdeu a oportunidade de cutucar o governador Marconi Perillo.
O vereador de oposição Thiago Albernaz (PSDB) se irritou com as provocações de Paulo. “O prefeito quer politizar o debate para fugir dos questionamentos. Se ele quiser um debate com o governador é só solicitar”, disse. Para os vereadores de situação, Paulo Garcia respondeu a todas as perguntas com sobriedade e cumpriu seu papel de gestor transparente.
Houve confronto também nas galerias. De um lado manifestantes, fornecedores que cobram dívidas da prefeitura e funcionários de Cais; do outro secretários, servidores do Paço e apoiadores de Paulo. Quando Paulo fugiu de algum questionamento a turma do contra vaiava e quando ele critica o governo estadual os apoiadores aplaudiam. Alguns manifestantes mais exaltados foram retirados da galeria pela Guarda Municipal.
Os vereadores que ficaram mais irritados com o prefeito foram Geovani Antônio (PSDB) e Elias Vaz. Os dois apertaram o petista no caso da dívida da prefeitura com fornecedores e também sobre irregularidades em secretarias, como a Amma, por exemplo. “É um embromador. Não respondeu nada”, disparou Geovani. O tucano também se irritou porque não teve direito à réplica, negada pelo presidente da Comissão Mista, Paulo Borges (PMDB).
Cutucadas em Marconi
Sempre que pode e tem oportunidade, Paulo Garcia mostra que, diferente de Maguito Vilela (do PMDB e prefeito de Aparecida de Goiânia), não faz questão alguma de manter bom relacionamento com Perillo. Toda pergunta mais ácida vinda da oposição era respondida com cutucadas no governo do Estado.
Falou que a prefeitura era transparente e que o governo do Estado precisava se atualizar e cumprir a Lei de Acesso à Informação, divulgando nomes e salários dos servidores. Na verdade, esse procedimento foi determinado por Marconi Perillo desde o ano passado e antes que a prefeitura fizesse o mesmo. O prefeito disse que na prefeitura tem poucos comissionados, diferente de outros órgãos.
Paulo Garcia disse que prefere se manter discreto e não aparecer a fazer propaganda enganosa ou em excesso. E também criticou os gastos do governo estadual com publicidade.
Finanças
O prefeito, ao falar sobre o comportamento das finanças municipais no primeiro quadrimestre do ano, confirmou que entre receitas correntes e despesas de capital houve uma diferença negativa superior a R$ 100 milhões. “A receita prevista era de R$1,150 bilhão, mas a realizada foi de R$ 1,050 bilhão, gerando uma diferença negativa acima de R$ 100 milhões”, contou Paulo Garcia.
Segundo ele, também aumentou a despesa com pessoal. “Gastamos com pessoal 52,34% das receitas, um índice superior ao limite prudencial, que é de 51,3%, enquanto que o limite máximo com essa rubrica é de 54%. Ou seja, estamos dentro da lei, mas é preciso ficar dentro da faixa prudencial. Infelizmente, essa situação está ocorrendo com a maioria dos municípios brasileiros. É preciso alterar a distribuição de recursos federais para os municípios”, frisou.
Saúde
Na oportunidade, Paulo Garcia informou que no próximo sábado lançará um “dos maiores programas destinados à saúde no município, com o apoio do Ministério da Saúde. Aliás, nosso mandato vai se restringir a três temas prioritários: austeridade, mobilidade urbana e saúde”.
“A situação está séria em todo País”, concordou, “mas vamos dar um avanço na melhoria da saúde em nossa capital. É preciso ficar claro que de três atendimentos nos postos de saúde, dois são de pessoas vindos de outros municípios. O governo estadual não cumpre com a sua obrigação de investir nessas regiões, o que reduziria o fluxo de pessoas que viriam buscar atendimento em Goiânia”.
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