Oposição monta estratégia para se sair bem do episódio do Proinveste
Pela entrevista da presidente da Assembleia, Angélica Guimarães, ao Correio de Sergipe, percebe-se que da seguinte forma: primeiro, a oposição coloca a culpa no Governo por não ter dialogado, depois diz que, aberto o entendimento, a oposição apresentou as sugestões que faltavam para amarrar o projeto e, por fim, ressalta que acima de supostos outros interesses em torno do projeto, os deputados oposicionistas não iriam se opor ao povo
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Sergipe 247 – A entrevista da deputada estadual Angélica Guimarães (PSC), presidente da Assembleia Legislativa, ao jornal Correio de Sergipe, na edição de domingo/segunda (24 e 25/2) mostra claramente o caminho que a oposição encontrou para justificar sua mudança de posicionamento em relação ao Proinveste e como saberá tirar dividendos políticos da aprovação do projeto.
Ao explicar, ao longo das respostas que o que faltava ao Governo era dialogar com a oposição, a parlamentar, considerada uma das principais mediadoras da abertura do entendimento, repisa o argumento da base que integra de que era preciso “priorizar as obras estruturantes” e que incorporadas as propostas feitas pela oposição não haverá qualquer impedimento à aprovação do projeto.
Ela lembra que, na semana passada, o secretário da Casa Civil, Silvio Santos (PT), apresentou a resposta do governador Marcelo Déda (PT) às indicações da base oposicionista, que não apresentou objeções ao novo formato do projeto. Passada esta etapa, diz, “agora, falta apenas sentar com o governador novamente, bater o martelo e ele reapresentar o projeto na Assembleia”.
“Faltava apenas o diálogo. Ninguém consegue fechar o entendimento sem conversa”, reforça Angélica, para em seguida ressaltar que continuará “mediando as discussões e colocando as questões do Estado acima de todos os demais interesses”. E arremata afirmando que “ninguém se opôs ao povo sergipano”.
Desta forma, a presidente detalha como foi montada a estratégia da oposição para sair-se bem na famigerada discussão do Proinveste. Primeiro, coloca a culpa no Governo por não ter dialogado, depois diz que, aberto o entendimento, a oposição apresentou as sugestões que faltavam para amarrar o projeto e, por fim, ressalta que acima de supostos outros interesses em torno do projeto, os deputados oposicionistas não iriam se opor ao povo.
É realmente uma boa saída para aqueles que até janeiro não se importavam com a perda de recursos importantíssimos ao desenvolvimento do Estado, que falavam apenas que com mais este empréstimo, o Estado seria inviabilizado – mesmo o Governo mostrando que o valor comprometido estava dentro da margem da dívida aceitável pelo Tesouro Nacional – e que as obras eram eleitoreiras. Os governistas, ávidos pela aprovação, não ousam fazer qualquer questionamento.
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