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Campos sempre avaliou que a gestão da crise econômica deveria ser a agenda prioritária do governo Dilma, este ano, e não a antecipação da campanha eleitoral. Mas, diante da eclosão das ondas de protestos, que ainda varrem o país, e do agravamento da situação econômica, o governador de Pernambuco resolveu pisar em ovos, contra o senso comum de que seria a hora de partir para a ofensiva. Por quê? Ora, foi aconselhado por Lula a não queimar os navios com o governo Dilma nem com o PT.
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Como para bom entendedor um pingo é letra, o presidente do PSB trabalha com três cenários: em um deles, como candidato a presidente da República, poderia ser o Plano B de Lula, caso a presidente Dilma Rousseff seja levada de roldão na campanha de reeleição; no outro, poderia ser o vice da situação, no lugar de Michel Temer, se a crise de Dilma com o PMDB tornar-se um rompimento; a terceira hipótese seria no caso de Dilma desistir da reeleição, e Lula ser o candidato do PT, com Campos para vice. Tudo o que ele não quer é virar inimigo de Lula.