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Oscar Maroni morre aos 74 anos em São Paulo

Empresário ligado à noite paulistana e ao Bahamas Club estava com Alzheimer, vivia em casa de repouso e deixa quatro filhos; velório será restrito

Oscar Maroni morre aos 74 anos em São Paulo (Foto: Reprodução )

247 - O empresário Oscar Maroni, nome conhecido da noite paulistana e proprietário do Bahamas Club, morreu nesta quarta-feira (31), aos 74 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada por sua assessoria pessoal. A causa da morte não foi divulgada.

Segundo informações publicadas originalmente pelo Correio, Maroni estava diagnosticado com Alzheimer e, no último ano, vivia em uma casa de repouso na capital paulista. Em razão do avanço da doença, os filhos haviam entrado com um pedido de curatela para a administração do patrimônio do empresário.

Em nota, a família se manifestou após a confirmação da morte. “Mais do que um empresário, foi um homem que marcou seu tempo e deixou uma história que jamais será esquecida. Agradecemos todas as manifestações de carinho e respeito neste momento de dor”, diz o comunicado. O texto também afirma que Oscar “viveu intensamente e foi fiel às suas convicções e à sua liberdade”. Maroni deixa quatro filhos: Aritana, Aratã, Acauã e Aruã. O velório, de acordo com a assessoria, será restrito a familiares e amigos próximos.

Figura frequente no noticiário ao longo das últimas décadas, Oscar Maroni construiu sua trajetória empresarial à frente de casas noturnas voltadas ao entretenimento adulto, com destaque para o Bahamas Club, em São Paulo. A atuação nesse segmento o colocou diversas vezes no centro de controvérsias e investigações policiais. Ao longo da vida, Maroni foi preso em mais de uma ocasião. Em 2007, ficou detido por 49 dias. Em 2011, voltou a ser preso, acusado de crimes como formação de quadrilha, exploração da prostituição e tráfico internacional de pessoas. Ele chegou a ser condenado a mais de 11 anos de prisão, mas permaneceu pouco mais de um ano detido. Em 2013, foi absolvido e obteve habeas corpus concedido pela 5ª Vara Criminal da capital paulista.

Em 2016, durante as investigações da Operação Lava Jato, Maroni anunciou nas redes sociais que distribuiria cerveja gratuitamente caso o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse preso, o que de fato ocorreu em 2018, em frente ao Bahamas Club, após a ordem de prisão expedida pela Justiça, episódio amplamente noticiado pela imprensa. No mesmo período, ele também manifestou apoio à atuação do então juiz Sérgio Moro. Já em 2019, Maroni voltou a se posicionar politicamente ao convocar, por meio de mensagens, a participação em manifestações favoráveis ao governo Jair Bolsonaro, com críticas ao Supremo Tribunal Federal e a políticos tradicionais, em um discurso alinhado ao ambiente político bolsonarista daquela época.

Além da atuação empresarial, Oscar Maroni também participou da sétima temporada do reality show A Fazenda, da TV Record, em 2014, sendo o primeiro eliminado do programa.