Pai de Bernardo vai responder por seis crimes
Três envolvidos na morte do menino Bernardo Boldrini responderão por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de veneno, motivos torpe e fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima); são eles: Leandro Boldrini, pai do garoto, Graciele Ugulini (madrasta) Edelvania Wirganovicz (amiga do casal) e Evandro Wirganovicz (irmão de Edelvania); todos eles também serão condenados por ocultação de cadáver, e o pai responderá, ainda, por mais um sexto crime, o de falsidade ideológica; Leandro ainda chamava de "bichinha", conforme o MP
Rio Grande do Sul 247 – Três envolvidos na morte do menino de 11 anos Bernardo Boldrini responderão por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de veneno, motivos torpe e fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima). São eles: Leandro Boldrini, pai do garoto, Graciele Ugulini (madrasta) Edelvania Wirganovicz (amiga do casal) e Evandro Wirganovicz (irmão de Edelvania). Todos os denunciados, que estão presos, também serão condenados por ocultação de cadáver, e o pai do garoto responderá, ainda, por falsidade ideológica. As investigações apontaram que Leandro ainda zombava com o seu filho, a quem chamava de "bichinha".
"O convencimento do MP é de que Leandro, Edelvania e Graciele mataram Bernardo. Leandro, pai da vítima, é o mentor intelectual. Ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele. A prova existe", disse a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, nesta quinta-feira (15), em entrevista coletiva.
Segundo a promotora, a madrasta "não gostava do enteado, assim como Leandro nunca demonstrou amor pelo filho". Por sua vez, Edelvania, atraída como cúmplice, "cedeu aos apelos que acenou com as mãos cheias de dinheiro".
Bernardo desapareceu no dia 4 de abril e foi encontrado dez dias depois dentro de um saco plástico, em Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, que fica no Noroeste do Rio Grande do Sul.
"Edelvania localizou o ponto para o cometimento (do crime), comprou ferramentas para escavação e cobertura da cova, diligenciou em tudo, inclusive também cavando e cobrindo essa cova. O laudo pericial aponta calosidade recente nas mãos dela. Tudo para receber R$ 6 mil e prestações de um apartamento em Frederico Westphalen", disse a promotora.
Dinamárcia reforçou que Leandro foi o mentor do crime. "Ele não só desejou a morte do filho, como autorizou os atos para que dessem efeito. É o patrocinador, a pessoa com a maior inteligência para engendrar álibis, pretextos, o sangue frio de um cirurgião que precisa ter um alto controle, raciocínio muito aguçado. Por isso, é o mentor do crime", esclareceu.
A promotora disse, ainda, que o pai do menino foi a "pessoa que estimulou a esposa dentro do ódio que já sentia por Bernardo". "É a pessoa que não apaziguou os ânimos dentro de casa. Há dentro dos autos, que hoje já estão em quase 15 volumes, passagens em que Leandro se refere a Bernardo como "bichinha"", acrescentou.
Em relação a Evandro Wirganovicz, além de ter sido denunciado por ocultação de cadáver, pode pesar contra ele a condenação por homicídio qualificado. "O veículo de Evandro foi visto no dia 2 de abril, a 50 metros da cova, por mais de uma pessoa. Eles estranharam o fato e pegaram a placa do veículo. Ele diz que não emprestou o carro dele para ninguém. Logo após o desaparecimento de Bernardo, Evandro começa a quitar dívidas no comércio de Frederico Westphalen", contou a promotora.
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