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    Paim defende greve promovida pelas centrais

    Segundo o senador pelo PT do Rio Grande do Sul, um dos erros nas avaliações sobre o Dia Nacional de Lutas foi contrapor as paralisações desta quinta-feira com os protestos liderados por jovens que começaram em junho; os movimentos, disse Paulo Paim, não são antagônicos, mas se complementam

    Paim defende greve promovida pelas centrais (Foto: Waldemir Barreto)

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    Agência Senado - Ao discursar em Plenário nesta sexta-feira (12), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu as greves e paralisações realizadas no dia anterior por várias centrais sindicais em diversas cidades do país, no que ficou chamado de Dia Nacional de Lutas. Ele disse que ficou "perplexo" com algumas das análises feitas sobre o movimento.

    Um dos erros nessas avaliações, segundo ele, foi contrapor as paralisações de quinta-feira com os protestos liderados por jovens que começaram em junho, apontando que este último envolveu uma mobilização maior que a obtida pelas centrais sindicais. Paim ressaltou que esses movimentos não são antagônicos, mas se complementam.

    O senador também contestou uma crítica, feita em seu estado, o Rio Grande do Sul, de que "parecia um domingo, parecia um feriado". Ele afirmou que quem faz esse comentário não compreende o sentido da greve.

    – Já fiz greve por muito tempo. Dizia para os colegas trabalhadores: 'Quer ajudar? Fique em casa. Não vá trabalhar' – pontuou, acrescentando que os militantes mais ativos o acompanhavam nos piquetes nas portas das fábricas.

    Segundo Paim, mais de dois milhões de pessoas ficaram em casa na quinta-feira. Aos que argumentam que isso ocorreu porque metrôs e ônibus estavam parados, o senador responde que isso "faz parte da greve".

    – Vão querer, na hora de fazer greve, que eu não use os instrumentos que tenho? – questionou, reiterando que "esse é o papel sindical".

    Para os que observam que em países como Argentina costuma haver mais pessoas nas ruas protestando, Paim retruca que "o Brasil é quase um continente e não vê quem não quer: temos 200 milhões de habitantes".

    – O movimento sindical fez a sua parte, foi corajoso e, que bonito, não se acovardou. Deu muito certo! – declarou.

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