Palmeiras apura desvio de R$ 300 mil por ex-diretor

247 – O Palmeiras registrou em seus cofres um desfalque de R$ 300 mil não esclarecido na contabilidade do clube. Os conselheiros Seraphim Del Grande, da oposição, e Piraci de Oliveira, da situação, deixaram de lado as diferenças e se juntaram para entender o destino do dinheiro e punir os culpados. O caso começou no ano passado, quando Francisco Busico, ex-diretor financeiro do clube, foi autorizado a resgatar cerca de R$ 1,1 milhão de uma conta destinada a valores referentes a tributos discutidos na justiça. Entretanto, a contabilidade palmeirense registrou a entrada de apenas R$ 888,1 mil. O advogado do Palmeiras, Pedro Jorge Renzo de Carvalho, explicou que a diferença foi paga para cobrir um furo no caixa e colocou-se à disposição do comitê de sindicância, eleito pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) para novos esclarecimentos. Parte dessa quantia teria servido ainda para o pagamento de um advogado, cuja operação teve recibo.

Também conselheiro do clube, Antônio Carlos Corcione saiu em defesa de Renzo e Busico e disse que tudo não passa de uma confusão no setor de contabilidade do Palmeiras. “O Pedro já passou todos os documentos, todos assinados pelo Busico. Ninguém seria burro de prestar contas e não repassar a verba para o clube”, disse Corcione. O conselheiro acrescenta que Pedro é advogado do clube há mais de 15 anos, período em que não nunca causou problemas. Segundo ele, não seria por R$ 200 mil que ele iria se complicar. “Agora estão criando uma tempestade em torno disso, não sei se tem fundo político ou algo do tipo. O que sei é que isso vai ser resolvido e não passa de um problema de contabilidade. Não tem a menor possibilidade de eu duvidar do Busico e do Renzo”, garante Corcione. Uma auditoria foi contratada pelo clube para que as contas sejam examinadas e o destino do dinheiro fosse esclarecido, ela irá exibir um relatório detalhado na próxima semana.