Para Campos, encontro com Dilma foi positivo
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, avaliou como positiva a reunião da presidente Dilma Rousseff (PT) com os governadores e prefeitos das capitais brasileiras para discutir as principais pautas reivindicadas nas manifestações que ocorrem em nível nacional; de acordo com o gestor, era de extrema importância, “num momento como esse, que os governadores e prefeitos possam ser ouvidos pela presidenta”
PE247 – O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, avaliou como positiva a reunião da presidente Dilma Rousseff (PT) com os governadores e prefeitos das capitais brasileiras para discutir as principais pautas reivindicadas nas manifestações que ocorrem em nível nacional. De acordo com o gestor era de extrema importância que, “num momento como esse, que os governadores e prefeitos possam ser ouvidos pela presidenta”. Mas, segundo o jornal O Globo, o conselho foi de pouca valia, já que a presidente Dilma praticamente não dialogou com os participantes da reunião.
No encontro, a chefe do Executivo federal propôs cinco pactos nacionais: responsabilidade fiscal, saúde, transporte, educação e reforma política. “É importante entender o que vem das ruas, interpretar o fato politico, respeitar, dialogar com o movimento, entendendo que exigir respostas de curto e longo prazos. Por exemplo, não há como financiar a melhoria no atendimento à saúde se não colocarmos mais dinheiro”, disse o governador.
Curiosamente, mesmo avaliando como positivo o encontro, Campos propôs a revisão do Pacto Federativo antes de começar a reunião, uma bandeira a qual levanta desde o ano passado quando os municípios entraram em crise financeira por conta de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Mas não adiantou.
Em meio às queixas de parlamentares da base governista de que falta diálogo da presidente e com os seus aliados, as informações dão conta de que o governador alertou a presidente Dilma, numa conversa com a própria chefe do Executivo federal, sobre o fato de que a petista precisa reconhecer algum erro da sua gestão para melhorar a sua aglutinação política.
Mas o gestor preferiu se ater à agenda administrativa. Ao comentar sobre o pacto da saúde, por exemplo, em que a presidente Dilma anunciou a contratação de médicos estrangeiros para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS) a fim atender às comunidades mais carentes do país, sobretudo no interior dos estados, Campos classificou a medida como “temporária”.
“Isso deve ser feito como medida temporária, assegurando, em primeiro lugar, o aproveitamento racional dos profissionais brasileiros já existentes e depois de definido o aumento da oferta de vagas em cursos de medicina em todas as regiões do País”, declarou.
No que diz respeito ao pacto do transporte público, Campos afirmou que “representar mais verba federal imediata para estados e municípios aplicarem nessa área, vai ajudar na questão da mobilidade urbana”. “É claro que o problema da mobilidade urbana é muito sério, muito complexo e exige soluções que custarão bem mais que R$ 50 bilhões”, pontuou.
O PSB do governador Eduardo Campos realiza nesta quarta-feira (26), a partir das 15h, um encontro para debater a atual conjuntura político-econômica do país na Fundação João Mangabeira, que tem como presidente o secretário-geral da legenda, Carlos Siqueira. Estarão presentes no encontro a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), o Diretoria Executiva do Ibope, Márcia Cavallari, o sociólogo Jessé de Souza e o cientista político Leandro Piquet.
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