Para dominar o NBB

Por Cassius Oliveira_247 – As finais do NBB (Novo Basquete Brasil) começam na próxima terça-feira 17 com um jogão entre Vivo/Franca e Uniceub/BRB/Brasília. O time do Franca, primeiro colocado na fase de classificação, despachou o Flamengo por 3 a 0 na outra semifinal e aguardava seu adversário de camarote. E, pelo que viu na televisão, a equipe francana deve ter ido da incerteza à preocupação em determinados momentos da partida entre Brasília e Sky/Pinheiros, na sexta-feira passada. A incerteza vinha dos 19 pontos que o Pinheiros abriu de vantagem para o Brasília, o que forçaria um jogo de desempate. E a preocupação aconteceu justamente com a virada emocionante dos brasilienses, que garantiram a participação pela terceira vez consecutiva na disputa do troféu do torneio.

A partida entre Brasília e Pinheiros foi digna de entrar na curta historia da competição. O jogo começou com o comando do time paulista na quadra, que acertou quase todas as bolas de três pontos, o que garantiu a vitória no primeiro quarto por 28 a 14. No segundo quarto, a equipe do distrito federal começou a esboçar uma reação, mas o domínio do Pinheiros era avassalador, principalmente com Olivinha, que marcou cinco pontos seguidos e ampliou a diferença para 19 pontos. Parecia tudo perdido para o Brasília, mas o nome do jogo começou a aparecer: Alex, o camisa 10 que fechou a partida como cestinha com 31 pontos, conseguiu conduzir a equipe e reduzir a diferença para 10 pontos no final do segundo quarto: 47 a 37.

Daí para frente, a força da torcida fez o Brasília crescer no jogo e diminuir o poder do Pinheiros. Com o comando de Alex, que acertou nove pontos seguidos para incendiar os companheiros, o time da casa virou o placar e só não venceu no tempo normal porque o clube paulista conseguiu uma cesta nos segundos finais. A prorrogação só evidenciou a inversão de comando que ocorreu durante o jogo: o Pinheiros estava entregue enquanto a equipe brasiliense tinha o controle. No final, 99 a 93 com toda a emoção das grandes partidas da liga americana de basquete.

Aliás, a NBB quer ser a NBA. Criada há três anos pelos principais clubes brasileiros, a liga nacional tem capturado a atenção dos fãs e conseguido consolidar o basquete no País. Nesta temporada, as partidas foram mais equilibradas e as equipes mostraram o que a torcida que ver, ou seja, shows como enterradas. Nas duas primeiras temporadas, Brasília e Flamengo fizeram as finais, com um título para cada lado. O Franca é o intruso que tentará manter equilibrada a galeria de troféus.